Lula em Nova York: Agenda Presidencial Enxuta e Encontros Cruciais na ONU
Lula em Nova York: agenda enxuta na Assembleia da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pisou em solo norte-americano nesta segunda-feira, mas a cena que se viu no aeroporto era bem diferente do habitual. Ao contrário das grandes delegações que costumam acompanhar chefes de estado, Lula chegou a Nova York com um grupo surpreendentemente compacto – uma escolha que não passou despercebida pelos observadores mais atentos.

E olha, a agenda que o espera é daquelas que exigem fôlego. A partir de terça-feira, o presidente mergulha de cabeça nos trabalhos da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, um palco onde o mundo todo está de olho. O ponto alto? Sem dúvida, o tão aguardado discurso que ele fará na terça-feira, por volta das 16h (horário de Brasília).

Uma agenda que não para

Mas não pense que será apenas um discurso e pronto. A programação do mandatário brasileiro é um verdadeiro malabarismo diplomático. Logo cedo, às 9h30, ele já estará envolvido em discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – aquelas metas globais que todo mundo fala, mas que poucos realmente avançam.

E tem mais, muito mais. Lula tem encontros bilaterais marcados com líderes de peso, como o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. São reuniões que podem definir os rumos de relações estratégicas para o Brasil.

Os números que chamam atenção

Aqui vai um detalhe curioso: apenas nove ministros acompanham o presidente nesta jornada. Uma equipe enxuta, mas que inclui nomes-chave como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Rui Costa (Casa Civil). A escolha por uma comitiva menor parece ser um sinal dos tempos – ou talvez uma estratégia consciente de otimização de recursos.

O Itamaraty, sempre preciso nos detalhes, divulgou que a estadia se estenderá até quinta-feira. Três dias intensos que podem definir muito do tom da política externa brasileira nos próximos meses. E não se engane: cada aperto de mão, cada reunião bilateral, cada discurso nesse cenário internacional é peça de um quebra-cabeça maior.

Enquanto isso, aqui no Brasil, muitos se perguntam qual será o tom do discurso presidencial. Crítico em relação às questões ambientais? Firme na defesa do multilateralismo? O fato é que os holofotes da ONU oferecem uma oportunidade única – e Lula sabe disso melhor do que ninguém.