
Nova York não é só a cidade que nunca dorme; hoje, ela é o palco principal da política mundial. E que palco! Mal o sol raiou sobre o East River e já havia um burburinho diferente na sede das Nações Unidas. A 78ª Assembleia Geral está começando, e a agenda promete – pasmem – desde cedo.
O pontapé inicial está marcado para as 10h, horário local. Mas a coisa séria mesmo, aquela que todo mundo espera, vem um pouco depois. A sessão da tarde, começando às 15h, é a que deve realmente esquentar os ânimos. E por um motivo muito simples: dois pesos-pesados da política estão com a palavra.
Os Protagonistas do Dia
De um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele sobe ao pódium com a missão de recolocar o Brasil no mapa dos debates globais. A expectativa é que ele toque em pontos sensíveis – quem sabe a sempre espinhosa questão da reforma do Conselho de Segurança? – e fale sobre meio ambiente, um tema que ele abraçou com força nesta nova gestão.
Do outro, uma figura que dispensa apresentações: Donald Trump. Sim, o ex-presidente americano, sempre envolto em polêmica, também terá seu tempo de microfone. É difícil prever o que sairá de lá, mas uma coisa é certa: dificilmente será um discurso monótono. A plateia internacional deve ficar de olho, talvez com uma mistura de curiosidade e apreensão.
E não são só eles. A lista de oradores é longa e repleta de nomes de peso, representando nações de todos os cantos do planeta. Cada um trará sua perspectiva, seus conflitos, suas esperanças. É um verdadeiro microcosmo do mundo ali, dentro daquele famoso complexo de vidro e aço.
Para Além dos Discursos
Mas a Assembleia Geral é muito mais do que uma sucessão de falas. É nos corredores, nos encontros bilaterais que acontecem à margem do evento principal, que muita coisa realmente se decide. Os apertos de mão rápidos, os sussurros, os acenos. A diplomacia, afinal, também se faz desses pequenos – e às vezes decisivos – momentos.
Os temas na mesa são dos mais urgentes: desde os conflitos armados que ainda assolam regiões inteiras até a crise climática, que não espera por discursos. O desenvolvimento sustentável e os esforços para alcançar os Objetivos da Agenda 2030 também estarão no centro dos debates. É uma carga pesada para os líderes presentes.
O mundo inteiro vai estar olhando. E, cá entre nós, em tempos de tanta polarização, ouvir vozes tão diferentes no mesmo ambiente já é, por si só, um evento digno de nota. Resta saber se os discursos serão de confronto ou de busca por algum tipo de consenso. A bola, agora, está com eles.