
Numa daquelas conversas que rendem mais do que café na xícara, Lula soltou o verbo sobre um assunto espinhoso: a era Trump nas relações Brasil-EUA. E olha que ele não economizou nas metáforas — pra variar.
"Aquela época foi como tentar falar com um muro de concreto", disparou o presidente, fazendo cara de quem lembra de dor de cabeça. "A gente mandava mensagem e... silêncio. Ou pior: resposta vinda de outro planeta."
O jogo das cadeiras musicais diplomáticas
Quem acompanha política internacional sabe — e como sabe! — que o baile entre países tem seus passos complicados. Mas nos anos Trump, parece que todo mundo pisou no pé de alguém. Lula relembra: "Tinha hora que eu pensava: 'Será que caiu o sistema?'"
Não foi moleza. Enquanto isso, os assessores viviam num vai-e-vem de mensagens não respondidas, reuniões adiadas e aquele clima de "você primeiro, não, você".
E agora, José?
O presente, pelo menos, traz ares mais leves — ainda que o mundo continue uma panela de pressão. "Hoje a conversa flui", comenta Lula, aliviado. Mas faz questão de lembrar: "Relação entre países não é amizade de Facebook. Tem interesses, tem jogos, tem... bom, você me entende."
E o futuro? Bem, ninguém tem bola de cristal — muito menos em política externa. Mas uma coisa é certa: depois daqueles anos de "telefone mudo", qualquer sinal de linha aberta já parece vitória.