
Num movimento que pegou muitos de surpresa — e não no bom sentido —, o Knesset (o parlamento israelense) decidiu chutar o balde esta semana. Aprovou uma moção que, pasmem, abre caminho para a anexação da Cisjordânia. Sim, aquela mesma região que tá no centro do conflito israelense-palestino há décadas.
E olha que a coisa não foi nada tranquila. A votação foi acirrada, cheia de discussões acaloradas, e deixou claro uma coisa: Israel tá disposto a enfrentar a comunidade internacional nessa. Afinal, essa decisão vai contra acordos firmados há anos, sem falar nas inúmeras resoluções da ONU.
O que exatamente foi aprovado?
Basicamente, a moção dá luz verde para o governo israelense começar a tomar medidas concretas para incorporar partes da Cisjordânia ao território nacional. Detalhe: áreas que, segundo o direito internacional, são consideradas ocupadas ilegalmente.
Não é de hoje que a questão dos assentamentos judeus na região é um vespeiro. Mas essa decisão joga gasolina na fogueira. Alguns analistas já falam em "ponto de não retorno" nas relações com os palestinos.
Reações imediatas
Do outro lado, a Autoridade Palestina não perdeu tempo. Chamou a decisão de "golpe mortal" ao processo de paz — que, convenhamos, já estava mais para moribundo que outra coisa.
E a comunidade internacional? Bom, as críticas começaram a chover. Da União Europeia aos Estados Unidos, passando por países árabes, todo mundo parece estar com a pulga atrás da orelha. Resta saber se vão além das palavras e partem para sanções concretas.
Ah, e tem um detalhe que não pode passar batido: essa votação acontece num momento político delicadíssimo para Israel. Com o governo de coalizão frágil e eleições no horizonte, muitos veem a jogada como puro cálculo eleitoral.
No fim das contas, uma coisa é certa: o Oriente Médio acaba de ganhar mais um capítulo tenso na sua já complicada história. E o mundo, mais uma dor de cabeça geopolítica para digerir.