França Paralisa: Greve Geral Histórica Provoca Caos e 'Vamos Bloquear Tudo' Vira Reality
Greve geral paralisa a França e provoca caos nos transportes

Parecia o enredo de um filme de ficção, mas era a pura e dura realidade francesa desta quarta-feira. O país simplesmente travou. Não foi um bug no sistema, mas uma vontade coletiva e furiosa de mostrar descontentamento. A ordem do dia, gritada nas ruas, era clara e direta: "Vamos bloquear tudo". E bloquearam mesmo.

Imagine sair de casa e se deparar com estações de metrô fantasmagóricas, portões fechados, silêncio onde deveria haver o burburinho habitual. Os trens da SNCF, aqueles que usually cortam a paisagem francesa com precisão, simplesmente não saíram dos trilhos. Uma paralisação brutal de 24 horas que deixou milhões à pé, frustrados, tentando se virar.

E não parou por aí. Quem pensou em fugir do caos terrestre apelando para os ares se deu mal. Muito mal. Os controladores de voo aderiram massivamente ao movimento, forçando o cancelamento de nada menos que 70% dos voos que sairiam dos aeroportos de Paris — Charles de Gaulle e Orly viraram estacionamentos de aeronaves. Para completar o serviço, metade dos voos regionais também foi pro beleléu.

O Estopim da Revolta Moderna

No centro desse furacão está uma bomba-relógio chamada reforma da Previdência. O governo francês, com seu primeiro-ministro Gabriel Attal à frente, quer elevar a idade mínima para aposentadoria. A galera, claro, não engoliu essa. Sindicatos poderosos, como a CGT, botaram o pé no acelerador e convocaram essa greve geral, que foi seguida à risca por setores cruciais.

E olha, a coisa não foi nada bonita. Bloqueios em estradas por caminhoneiros revoltosos, protestos que começaram de madrugada e se espalharam como rastilho de pólvora. A tensão pairou no ar, mais pesada que o famoso céu cinza de Paris. A polícia se preparou para o pior, mas a manifestação principal, em Paris, conseguiu ser — pasme — relativamente tranquila. Quem diria, hein?

E Agora, José?

O que essa paralisação monstro mostra é simples e, ao mesmo tempo, profundamente complexo: o povo francês não está nem um pouco disposto a abrir mão de conquistas históricas sem lutar. E lutam como ninguém. Esta greve não é um evento isolado; é um capítulo novo num livro antigo de embates entre o governo e a população.

O futuro? Incerto e sombrio. Com os sindicatos prometendo manter a pressão e o governo se recusando a recuar, todo mundo se pergunta: isso vai virar um quebra-quebra generalizado ou vai esfriar? Só o tempo — e a teimosia de ambos os lados — vai dizer. Uma coisa é certa: a França acordou para o trabalho com o país parado. E o mundo todo está de olho.