Geração Z no Nepal derruba primeiro-ministro em protestos históricos contra censura nas redes
Geração Z derruba premiê do Nepal em protestos por redes

Não é todo dia que se vê um governo tremer diante de uma maré de jovens determinados. Mas no Nepal, a realidade superou qualquer expectativa. Pushpa Kamal Dahal, o primeiro-ministro, simplesmente não aguentou a pressão.

Imagine a cena: milhares de nepaleses, em sua esmagadora maioria da chamada Geração Z, tomando as ruas de Katmandu e outras cidades. Não era por pouco. O estopim? Uma tentativa abrupta do governo de cortar o acesso a redes sociais — incluindo o queridinho TikTok.

A justificativa oficial era vaga, algo sobre "conteúdo inadequado" e "perturbação da harmonia social". Sabe aquele discurso velho de sempre que governos usam quando querem calar vozes? Pois é.

O estopim que virou tsunami

Os nepaleses não compraram a ideia. Nem um pouco. Para uma geração que vive, respira e se comunica online, foi como tirar o ar. A proibição não foi só sobre perder acesso a vídeos de dancinhas; foi um golpe direto na liberdade de expressão, no direito de se conectar e de se organizar.

E se organizaram, viu? As ruas ficaram pequenas. Jovens de todos os cantos, muitos pela primeira vez politicamente ativos, mostraram que não iam engolir a decisão. Cartazes criativos, hashtags bombando e uma energia que não dava para ignorar.

O recado foi dado: a rua fala

O governo tentou resistir. Ah, tentou. Mas a pressão era grande demais — interna e externamente. Dahal, que já equilibrava uma base frágil, viu o castelo de cartas desmoronar. A renúncia saiu quase como um pedido de desculpas não dito.

Não é todo governo que cai por causa de uma rede social, né? Mas a questão aqui era muito maior. Era sobre quem controla o fluxo da informação. Sobre quem tem o direito de falar e de ser ouvido.

E agora, o que esperar?

O Nepal vive um momento decisivo. A renúncia de Dahal não é o fim; é só o começo de um novo capítulo político. A Geração Z mostrou que pode, sim, ser uma força poderosa de mudança — e que não tem medo de usar a tecnologia como arma.

Fica a lição: subestimar o poder de jovens conectados e indignados é um erro crasso. E no Nepal, esse erro custou o cargo de um primeiro-ministro.