
Eis uma guinada que ninguém esperava nesta semana. Num tom que misturava urgência diplomática e certa dose de dramaticidade, Emmanuel Macron — aquele mesmo que anda sempre de gravata impecável e discursos calculados — soltou a bomba: a França está pronta para reconhecer o Estado da Palestina nas Nações Unidas. Sim, você leu certo.
Não foi um "talvez", nem um "vamos estudar". Foi direto ao ponto, como quem joga uma carta decisiva na mesa de pôquer geopolítico. "Chegou a hora", disse o presidente francês, com aquela expressão séria que já conhecemos. E detalhe: ele não falou isso num café da manhã qualquer, mas durante um encontro com Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Quer provocação maior?
O que isso significa na prática?
Bom, se você acha que isso é só mais um discurso bonito, pode repensar. O reconhecimento formal pela França — um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — não é brincadeira. É tipo um carimbo de "validade internacional" que a Palestina busca há décadas.
- Derruba o argumento de que a Palestina não teria "território definido"
- Abre precedente para outros países europeus seguirem o exemplo
- Coloca pressão extra sobre Israel nas negociações
Mas calma lá, não é como se amanhã já fosse ter bandeira palestina hasteada em Paris. Macron deixou claro que o reconhecimento viria no "momento oportuno" — aquela velha diplomacia falando mais alto. Algo entre "já decidimos" e "mas vamos esperar a hora certa".
E Israel? Como reagiu?
Ah, essa é a parte interessante. Oficialmente, o governo Netanyahu diz que "lamenta" a decisão francesa. Extraoficialmente? Dá pra imaginar a fúria nos bastidores. Afinal, a França sempre foi um aliado importante no cenário internacional.
E tem mais: Macron ainda jogou lenha na fogueira ao defender — veja só — a ideia de sanções contra Israel se continuar a construção de assentamentos nos territórios ocupados. "Inaceitável", definiu, com aquela cara de quem não está para brincadeiras.
Não é todo dia que vemos um líder ocidental falar com tanta clareza sobre o assunto. Depois de anos de diplomacia cautelosa, parece que os ventos estão mesmo mudando na Europa. Resta saber se outros países vão seguir o exemplo francês ou se vão preferir ficar naquele "vamos ver no que dá".