
Os Estados Unidos decidiram apertar o cerco contra a Índia — e não foi pouco. Na mira? As compras indianas de petróleo russo, que viraram um verdadeiro cabo de guerra geopolítico. Segundo analistas, a medida pode esquentar ainda mais as relações entre os dois países.
Não é de hoje que os EUA tentam frear o comércio energético entre Nova Delhi e Moscou. Mas agora, as sanções chegaram com tudo. "É um tiro no pé", comenta um especialista em relações internacionais, que prefere não se identificar. "A Índia precisa de energia barata, e a Rússia está vendendo."
O jogo das sanções
Por trás dos holofotes, há um xadrez complexo:
- A Índia triplicou suas importações de petróleo russo desde o início da guerra na Ucrânia
- Os preços, até 30% mais baixos que os do mercado, são um prato cheio para a economia indiana
- Os EUA alegam violação de sanções — mas será que há outros interesses por trás?
"Ninguém sai ileso nessa história", dispara uma fonte do mercado financeiro. Enquanto isso, em Nova Delhi, o governo rebate: "Não vamos comprometer nosso desenvolvimento por pressões externas".
Efeito dominó na economia
O que pouca gente percebe é como essa briga pode afetar o bolso de todo mundo:
- Os preços globais de energia podem disparar
- A inflação na Índia — que já preocupa — tende a piorar
- As cadeias de suprimentos mundiais podem sofrer novos abalos
E tem mais: alguns especialistas acreditam que a Índia pode retaliar, dificultando o acesso dos EUA a mercados estratégicos. "É uma aposta arriscada", avalia um diplomata aposentado. "Todos saem perdendo."
Enquanto isso, nas bolsas asiáticas, os investidores já começam a sentir o calafrio. Será que estamos diante de uma nova crise econômica global? Só o tempo — e talvez alguns acordos sigilosos — dirão.