EUA Puxam o Tapete: Visto de Jorge Messias é Revogado em Movimento que Abala Relações com o Brasil
EUA revogam visto do ministro Jorge Messias

Eis que a política internacional resolveu pregar uma peça e tanto. Nesta segunda-feira, 22 de setembro, os Estados Unidos simplesmente decidiram revogar o visto do ministro Jorge Messias, que comanda a Advocacia-Geral da União (AGU). A notícia, que veio como um raio em céu azul, foi confirmada pelas próprias fontes oficiais do governo brasileiro.

Pois é. A situação é, no mínimo, constrangedora. Imagina só: um alto escalão do governo, com passagem marcada para uma reunião importante no exterior, e de repente... o visto some. Foi exatamente isso que aconteceu. A revogação veio à tona justamente quando Messias se preparava para embarcar rumo a Washington, onde participaria de um fórum internacional sobre combate à corrupção. O aviso? Chegou em cima da hora, deixando um rastro de perplexidade.

O Silêncio que Grita

Até agora, o porquê dessa decisão americana é um mistério completo. O governo dos EUA, conhecido por não dar muitas explicações sobre esses casos, manteve a boca fechada. Nada de comunicado oficial, nenhuma justificativa pública. Só o fato em si, cru e seco.

Do lado de cá, a reação foi imediata. O Itamaraty não perdeu tempo e já entrou em contato com as autoridades americanas para, como se diz no jargão diplomático, "esclarecer os fundamentos" da medida. Traduzindo: estão cobrando uma explicação, e uma boa. O Brasil quer saber o que levou a essa revogação tão abrupta.

Um Antecedente que Assombra

O curioso – ou talvez assustador – é que isso já aconteceu antes, e recentemente. Lembram-se do caso do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal? Pois é, história quase idêntica. O visto dele também foi cancelado pelos americanos no começo do ano, num daqueles episódios que deixam todo mundo coçando a cabeça.

Esse padrão, convenhamos, é no mínimo estranho. Dois ministros de altíssimo escalão, em um espaço de tempo relativamente curto, tendo seus vistos revogados sem uma explicação clara. Será uma coincidência? Muita gente duvida. O que se especula nos corredores políticos é que possa haver um componente político por trás disso, talvez relacionado a posicionamentos do governo brasileiro que não agradaram à administração americana. Mas, por enquanto, é só especulação.

O fato é que a medida joga uma pá de cal, pelo menos temporariamente, na agenda internacional do ministro. A participação dele no fórum em Washington, é claro, foi cancelada. Uma pena, porque o evento tratava de um tema crucial e de interesse mútuo.

E Agora, José?

A grande pergunta que fica é: o que isso significa para o futuro? As relações entre Brasil e EUA, que vinham num caminho de reaproximação, agora enfrentam mais um obstáculo. Esses episódios, ainda que aparentemente pontuais, criam um clima de desconfiança que é difícil de dissipar.

O Itamaraty tenta abafar o caso, tratando-o através dos canais diplomáticos formais. A postura é de buscar clareza, mas sem alarde. No entanto, a impressão que fica é a de que os americanos estão mandando um recado, ainda que indireto. E recados assim, na diplomacia, nunca são bons.

Enquanto os bastidores fervilham, aguardamos os próximos capítulos. Será que os EUA vão se explicar? O Brasil vai aceitar qualquer resposta? Uma coisa é certa: a crise diplomática, ainda que em estágio inicial, acaba de ganhar um novo e importante personagem.