
Numa conversa que pode mudar os rumos da geopolítica dos recursos naturais, um alto funcionário da embaixada dos Estados Unidos deixou escapar o que muitos já desconfiavam: o Tio Sam está de olho nos nossos tesouros subterrâneos. E não é qualquer pedrinha que eles querem.
O presidente de um importante instituto brasileiro — que preferiu não entrar em detalhes sobre nomes — revelou que o assunto virou pauta quente nos corredores diplomáticos. "Eles não disfarçam o interesse", contou, com um misto de preocupação e orgulho na voz. "Mas é aquela velha história: quem tem ouro, atrai olhares."
O que está em jogo?
Não estamos falando de ouro ou diamantes. A briga agora é por minerais que soam como personagens de ficção científica: lítio, nióbio, terras-raras. Esses componentes viram peças-chave em tudo, desde smartphones até jatos de combate.
- Lítio: O "petróleo branco" que alimenta baterias de carros elétricos
- Nióbio: Nosso "ouro cinza" que deixa aço mais resistente
- Terras-raras: 17 elementos que fazem magia em tecnologias verdes
O que me faz pensar: será que estamos preparados para essa nova corrida do ouro? O Brasil sempre foi o quintal do mundo, mas agora o quintal virou sala de visitas.
Jogo de interesses
Enquanto isso, em Brasília, o assunto esquenta os gabinetes. Alguns veem chance de negócio, outros alertam para riscos de dependência. "Não podemos trocar nosso futuro por um punhado de dólares", disparou um assessor que pediu anonimato — coisa rara nesse meio.
O representante americano, por sua vez, jogou verde: falou em "parcerias mutuamente benéficas" e "segurança energética global". Sabe aquele papo diplomático que diz tudo sem dizer nada? Pois é.
Uma coisa é certa: o tabuleiro geopolítico está sendo redesenhado, e o Brasil — quer queira, quer não — virou peça importante nesse jogo. Resta saber se seremos jogadores ou apenas a mesa onde a partida acontece.