
Parece que os Estados Unidos estão levando a caça ao presidente venezuelano a outro patamar. Nesta quinta-feira (8), o Departamento de Estado anunciou que dobrou o valor da recompensa para quem fornecer informações que levem à localização de Nicolás Maduro. Agora, quem ajudar a encontrá-lo pode embolsar nada menos que US$ 15 milhões – dinheiro que daria para comprar uns bons apartamentos em Miami, não é mesmo?
O anúncio foi feito pelo próprio secretário de Estado, Antony Blinken, que não economizou nas palavras ao classificar Maduro como "um dos narcotraficantes mais procurados do mundo". A acusação é pesada: o governo americano alega que o líder venezuelano estaria envolvido até o pescoço no tráfico internacional de drogas, usando seu cargo para proteger cartéis e lavar dinheiro.
O que está por trás dessa caçada?
Não é de hoje que os EUA colocam Maduro na mira. Desde 2020, quando foi acusado formalmente de narcoterrorismo, o presidente venezuelano virou alvo prioritário da justiça americana. Mas por que agora esse aumento súbito na recompensa? Especialistas em relações internacionais arriscam alguns palpites:
- Pressão política antes das eleições venezuelanas
- Tentativa de desestabilizar o governo chavista
- Resposta ao aumento da produção de drogas no país
Curiosamente, enquanto isso acontece, Maduro parece estar mais preocupado em fazer campanha eleitoral – ele vai concorrer à reeleição em julho, algo que a oposição chama de farsa. Enquanto isso, o povo venezuelano continua sofrendo com hiperinflação e escassez de produtos básicos. Coincidência? Difícil dizer.
E a Venezuela, como reagiu?
Como era de se esperar, o governo venezuelano não ficou nada contente com a notícia. O chanceler Yván Gil disparou nas redes sociais, chamando a medida de "mais uma tentativa desesperada de desestabilizar nosso país". Para ele, os EUA estariam usando táticas de intimidação típicas de filmes de Hollywood.
Mas será que essa estratégia vai funcionar? Analistas estão divididos. Alguns acreditam que o aumento da recompensa pode incentivar delatores dentro do próprio círculo de Maduro. Outros acham que só vai servir para fortalecer a narrativa do governo venezuelano sobre "imperialismo yankee".
Uma coisa é certa: com essa jogada, os EUA deixaram claro que não pretendem baixar a guarda quando o assunto é Maduro. Resta saber se alguém vai aparecer com informações quentes – e se esses US$ 15 milhões vão parar no bolso de algum traidor ou aliado descontente.