Espanha Toma Atitude Inédita Contra Israel: Plano para Deter Genocídio em Gaza Gera Crises Diplomáticas
Espanha anuncia plano contra Israel por Gaza; crise explode

O clima nas relações entre Espanha e Israel simplesmente explodiu. E não foi por pouco. Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, soltou a bomba: um plano concreto e audacioso para, nas suas palavras, travar o que classificou como genocídio na Faixa de Gaza. A medida é inédita na Europa e pegou todo mundo de surpresa.

Não deu outra. Do outro lado, a reação israelense foi imediata, furiosa e cortante. O chefe da diplomacia de Israel, Israel Katz, não usou palavras meigas. Acusou o governo espanhol de… pasme… "dar um presente ao terrorismo islamista" e de estar claramente ao lado do Hamas. Ele ainda disparou: "As declarações de Albares são escandalosas, imorais e, vá lá, patéticas". O buraco, como se vê, é muito mais embaixo.

Mas Afinal, o que Propõe a Espanha?

O plano espanhol não é só um discurso inflamado. Albares foi à televisão pública e detalhou a jogada. A ideia é que a Espanha se junte formalmente ao caso já aberto contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), na Haia. Sim, aquela corte que é a principal da ONU. A estratégia é clara: aumentar a pressão judicial internacional sobre o governo de Benjamin Netanyahu de uma forma que nenhum outro país europeu teve a coragem – ou a ousadia – de fazer até agora.

Albares não mediu termos. Disse que a situação em Gaza é catastrófica e insustentável, um verdadeiro caldeirão de horror humanitário. E defendeu a ação na justiça como a ferramenta mais poderosa para garantir que o direito internacional seja, de fato, cumprido. É uma mudança de patamar na postura europeia, que até então se limitava a pedidos de cessar-fogo e a uma ajuda humanitária que muitas vezes nem chega.

Israel Contra-Ataca com Tudo

A resposta de Katz foi um tiro de canhão. Além das acusações graves, ele ordenou uma retaliação direta e simbólica: a retirada imediata do embaixador de Israel na Espanha, Rodica Radian-Gordon, para "consultas prolongadas" em Jerusalém. Na prática, é o recall do embaixador, um movimento diplomático extremo que sinaliza uma ruptura profunda. Não se faz isso com um aliado, só com quem já é visto como adversário.

O tom do israelense foi de quem se sente traído. Ele afirmou, categoricico, que a posição de Albares legitima as atrocidades cometidas pelo Hamas no dia 7 de outubro, quando militantes do grupo invadiram Israel, mataram civis e levaram reféns. Para Katz, a Espanha está cega para o sofrimento do seu povo e escolheu o lado errado da história.

E agora? O mundo fica observando. A União Europeia, que já não é um bloco uníssono nessa questão, vê mais uma rachadura aparecer. Enquanto alguns países, como a própria Espanha e a Irlanda, pressionam por uma linha mais dura contra Israel, outros, como Alemanha e Áustria, mantêm um apoio firme ao direito de Israel à defesa própria. Esta jogada arriscada de Madrid joga gasolina na fogueira de uma discussão que já estava acirrada.

Uma coisa é certa: a diplomacia não vai ser mais a mesma depois disso. O caso na Corte Internacional de Justiça ganha um aliado de peso e a pressão sobre Netanyahu aumenta exponencialmente. Resta saber se outros países terão a coragem de seguir o mesmo caminho ou se a Espanha ficará isolada na sua cruzada judicial. O tabuleiro geopolítico do Oriente Médio acaba de ser sacudido mais uma vez.