
Eis que, do nada, o canal oficial de Nicolás Maduro some do ar no YouTube. Sumiu. Não deixou rastro, não avisou, não deu satisfação. A plataforma, como sempre, agiu sem alarde — e, claro, sem dar muitas explicações.
Quem tentou acessar o perfil nas últimas horas se deparou com a fria e burocrática mensagem de erro: "Este conteúdo não está disponível". Nada de vídeos, discursos, transmissões ao vivo. Só o vazio digital.
Não é a primeira vez que Maduro enfrenta obstáculos online. Em 2019, seu canal foi suspenso temporariamente — também sob a alegação de violação das regras da plataforma. Desta vez, porém, o silêncio é mais espesso. E as perguntas, mais urgentes.
Mas o que teria motivado a remoção?
O YouTube, como gigante que é, raramente comenta casos específicos. Mas é sabido que a plataforma age — ou deveria agir — quando conteúdo viola suas políticas. Desinformação? Discurso de ódio? Não se sabe ao certo. A Venezuela, claro, já acusou o Ocidente de "guerra digital" outras vezes.
Ah, a geopolítica… Quem acompanha os desdobramentos na América Latina sabe que a relação entre Maduro e as big techs nunca foi exatamente amistosa. Restrições, suspensões, remoções. Tudo parece fazer parte de um jogo maior — onde plataformas viram arena de disputa ideológica.
E enquanto o canal do presidente permanece no ar em outras redes — como X (antigo Twitter) —, o sumiço no YouTube levanta debates importantes sobre poder, controle da informação e quem de fato dita as regras na internet.
Será que foi erro? Estratégia? Censura velada? A verdade é que, por ora, só nos resta especular. O YouTube cala. A Venezuela, até o momento, também. E o mundo observa — mais um capítulo na já conturbada relação entre governos autoritários e as plataformas que dominam o mundo digital.