BRICS condena ataques ao Iraque, mas evita citar EUA e ignora guerra Rússia-Ucrânia
BRICS condena ataques ao Iraque mas evita citar EUA

O bloco econômico BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, divulgou uma declaração conjunta nesta semana condenando os recentes ataques no Iraque. No entanto, o comunicado chamou atenção pelo que não mencionou: os Estados Unidos e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O que diz a declaração do BRICS?

No documento oficial, os países membros expressaram "profunda preocupação" com a escalada de violência no Oriente Médio, particularmente no território iraquiano. O texto defendeu o "respeito à soberania e integridade territorial" das nações, mas evitou qualquer menção direta ao papel dos EUA na região.

Omissões estratégicas

Analistas apontam que as lacunas na declaração refletem:

  • Tensões geopolíticas entre membros do bloco
  • O delicado equilíbrio diplomático envolvendo a Rússia
  • Interesses econômicos contraditórios na região

Guerra Rússia-Ucrânia: o elefante na sala

Outro ponto notável foi a ausência total de referências ao conflito entre Rússia (membro do BRICS) e Ucrânia, que completa mais de dois anos. Especialistas sugerem que essa omissão estratégica revela:

  1. As divisões internas no grupo
  2. A dificuldade em criticar um membro permanente
  3. A priorização de interesses econômicos sobre questões humanitárias

O silêncio sobre esses dois conflitos globais levanta questões sobre a coesão e os princípios declarados pelo bloco, que se apresenta como alternativa à ordem mundial liderada pelo Ocidente.