
Janeth Arcain não é só um nome na história do basquete. É um monumento. E quando uma lenda dessas resolve falar, a gente para pra escutar. Dessa vez, a conversa foi direto ao ponto, misturando otimismo com uma pitada de realidade dura.
E o que ela vê no horizonte? Potencial. Muito potencial. A gurizada que está chegando, segundo ela, tem uma sede de vencer que impressiona. A habilidade tá lá, pulsante. Mas—e sempre tem um 'mas'—Janeth crava: de que adianta ter ouro se você não tem a ferramenta para lapidá-lo?
O Grito por Estrutura: Mais do que Quadras Boas
O discurso dela vai além de simplesmente pedir quadras cobertas. É sobre um ecossistema. Imagine a cena: um jovem talento desponta no interior, mas falta tudo—desde uma orientação técnica consistente até um programa de base que não seja apenas um 'segura a onda'. É aí que a coisa complica.
Janeth tocou numa ferida que todo mundo que acompanha o esporte conhece. A gente produz craques apesar das dificuldades, não por causa de um sistema. É quase um milagre, fruto de uma resiliência absurda dos atletas. Ela mesma é a prova viva disso. Mas será que, nos dias de hoje, só resiliência basta? A concorrência mundial não dorme no ponto.
Um Alerta Sincero e Necessário
Não é um discurso derrotista, longe disso. É um chamado à ação. Um recado para quem decide os rumos do esporte. Investir em estrutura não é um gasto, é a semente para colher medalhas no futuro. É dar condições para que o próximo Oscar Schmidt ou a próxima Janeth Arcain não se perca no caminho.
O tempo passa rápido. As janelas de oportunidade dos atletas são curtas. Ou a gente corre para organizar a casa, ou vai ficar só na saudade dos tempos áureos. A visão de Janeth é clara: temos o talento. Agora, precisamos construir o palco para ele brilhar.