
Parece que o vento que soprava forte do deserto arábico está perdendo a força por aqui. Aquele frenesi todo, aquela enxurrada de propostas milionárias que chegavam do Oriente Médio? De repente, não é mais a mesma coisa. A janela de transferências da Arábia Saudita, que prometia levar meio time do Brasil, esfriou de um jeito que ninguém esperava.
E o motivo é mais nobre do que se imagina. Conversas nos bastidores — daquelas de corredor de estádio e cafezinho no CT — indicam que uma penca de jogadores simplesmente não quer saber de mudar de ares agora. O foco, veja você, mudou. A prioridade número um, o sonho máximo, é a Copa do Mundo de 2026. Sim, aquela que vai ser lá na América do Norte.
O Sonho da Copa Falou Mais Alto
É isso mesmo. Muitos atletas temem que uma mudança radical para um campeonato com visibilidade diferente no futebol global possa — como diria um velho técnico — "tirar o ritmo". Pode complicar, e muito, as chances de manter a regularidade e, claro, a vaga na Seleção Canarinho. E convenhamos, vestir a amarelinha em uma Copa do Mundo não tem preço que pague, nem contrato que iguale.
Não é como se as propostas tivessem secado completamente, longe disso. Os sauditas ainda aparecem com números que fazem qualquer agente coçar a barba. Mas a disposição em ouvir, aquela animação de antes, simplesmente não é a mesma. O "não" tem saído com uma convicção que surpreende até os mais otimistas.
E Agora, José?
O que isso significa para o mercado? Bom, para os clubes brasileiros é uma mistura de alívio e… preocupação. Alívio porque segurar um craque no elenco sempre é bom. Preocupação porque, sem a venda milionária, o caixa pode ficar complicado. É uma faca de dois gumes, daquelas bem afiadas.
O certo é que o futebol brasileiro, pelo menos por enquanto, respira um pouco mais aliviado. Os holofotes do mundo se voltam para outros cantos, mas aqui a chama da competição — e do sonho de ser campeão do mundo — continua acesa e queimando com força total. A temporada promete, e os olhos estão firmes no prize maior.