Tributação no Brasil é uma das mais injustas do mundo, alerta economista
Sistema tributário brasileiro é injusto, alerta especialista

O Brasil está entre os países com o sistema tributário mais desigual do planeta — e não, isso não é exagero. Quem faz o alerta é o economista Marcio Pochmann, em entrevista que deixou muita gente de cabelo em pé. Segundo ele, enquanto os ricos nadam em benefícios fiscais, a classe média e os pobres viram "bois de piranha" do fisco.

Parece brincadeira, mas a matemática é cruel: os 10% mais pobres do país comprometem 32% da sua renda com impostos. Já os 10% mais ricos? Apenas 21%. Algo está muito errado nessa conta, não?

O que torna o sistema tão perverso?

Pochmann aponta três absurdos que fazem o contribuinte brasileiro perder a fé na justiça fiscal:

  • Impostos embutidos — Quase 50% do preço dos produtos básicos são tributos. Quem ganha menos acaba pagando proporcionalmente mais
  • Benefícios para quem não precisa — Isenções e incentivos fiscais frequentemente favorecem grandes corporações em detrimento do cidadão comum
  • Complexidade kafkiana — São mais de 90 tributos diferentes! Até especialistas se perdem nesse labirinto

"É como se o sistema fosse projetado para proteger os de cima e sufocar os de baixo", dispara o economista, com aquele tom de quem já viu essa história se repetir décadas a fio.

E as consequências? Catastróficas

Enquanto o debate sobre reforma tributária patina no Congresso, os números mostram um retrato desolador:

  1. O Brasil perde R$ 500 bilhões por ano com sonegação e elisão fiscal
  2. Empresas pequenas fecham as portas por não suportarem a carga tributária
  3. Serviços públicos essenciais continuam precários, mesmo com alta arrecadação

Pochmann é categórico: "Sem uma reforma profunda, continuaremos sendo o país onde o pobre subsidia o luxo do rico". Palavras duras, mas que ecoam a realidade de milhões de brasileiros que veem seu suor ser sugado por um sistema que parece ter virado contra eles.