Senador sob fogo: quem é o alvo da pressão bolsonarista para impeachment de Moraes?
Senador é alvo de pressão por impeachment de Moraes

O clima no Congresso Nacional está mais quente do que um cafezinho recém-coado. E no centro dessa tempestade política está um senador que, até pouco tempo atrás, não era exatamente o centro das atenções.

Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro — aqueles mesmos que não desistiram da briga — estão mirando suas baterias em um parlamentar específico. O motivo? A campanha pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O alvo da vez

O senador em questão tem um histórico que, digamos, não é exatamente de alinhamento automático com o governo Lula. Mas também não é daqueles que ficam berrando nas redes sociais a cada decisão judicial. Um equilíbrio delicado, como quem anda na corda bamba com um prato de feijoada nas mãos.

Fontes próximas ao Planalto revelam que a estratégia bolsonarista é clara: pressionar esse parlamentar para que ele assuma a relatoria do eventual pedido de impeachment contra Moraes. Por que justo ele? Bom, aí é que está o pulo do gato.

Jogo de xadrez político

O senador tem uma característica rara no cenário atual: é visto com certa neutralidade por ambos os lados. Nem petista fanático, nem bolsonarista raiz. Esse perfil — que normalmente seria uma vantagem — virou uma espécie de alvo nas costas.

Os bolsonaristas mais exaltados já começaram a circular nos grupos de WhatsApp com uma campanha de pressão. Alguns até ameaçam — veladamente, claro — que poderiam "revisar o apoio" a projetos do parlamentar caso ele não entre no jogo.

Não é de hoje que o ministro Moraes é o espinho no pé da direita radical. Suas decisões contra bolsonaristas nas investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro deixaram marcas profundas. Agora, querem revidar.

E o senador?

Até o momento, o parlamentar mantém um silêncio que fala volumes. Seus assessores mais próximos dizem que ele está "analisando o cenário com cuidado". Traduzindo: tentando não pisar em nenhum terreno minado enquanto avalia para que lado pende a balança do poder.

Um detalhe curioso: nos bastidores, há quem diga que o próprio Planalto estaria de olho nesse jogo de pressão. Afinal, um impeachment contra Moraes seria um terremoto institucional — e o governo não quer nem pensar nessa possibilidade.

Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas esquenta. De um lado, os #ForaMoraes ganham força. Do outro, os defensores da independência judicial contra-atacam. E no meio disso tudo, nosso senador — que provavelmente gostaria de estar em qualquer outro lugar agora.

Uma coisa é certa: nos próximos dias, esse nome vai ecoar bastante nos corredores do Congresso. Resta saber se ele vai ceder à pressão ou se manterá firme. No xadrez político, cada movimento pode definir o jogo.