
Foi no calor da tarde desta quarta-feira (7) que o Senado finalmente deu o veredito sobre um dos temas mais espinhosos do ano: a atualização da tabela do Imposto de Renda. E olha só como as coisas acontecem — depois de uma verdadeira maratona de discussões e a oposição literalmente abandonar o plenário em protesto, a proposta que mantém a isenção para quem recebe até dois salários mínimos passou com folga.
Pra quem não acompanhou o circo pegado — e acredite, foi um espetáculo à parte — a votação só rolou depois que a bancada contrária resolveu fazer um walkout dramático. Mas, como diz o ditado, 'o show tem que continuar', e os senadores restantes aprovaram a medida que, diga-se de passagem, vai aliviar o bolso de milhões de brasileiros.
O que muda na prática?
Se você tá naquela faixa de renda que mal dá pra pagar o aluguel e ainda sobrar pro cafezinho, respira aliviado. A isenção, que já existia, foi mantida pra quem ganha até R$ 2.824 (valor atual de dois salários mínimos). Agora, os valores da tabela serão corrigidos pela inflação — algo que, convenhamos, já devia ter virado lei faz tempo.
- Quem ganha até 2 salários: continua sem pagar IR
- Acima disso: alíquotas serão reajustadas conforme índices oficiais
- Correção passa a valer a partir do próximo ano fiscal
Não é nenhum milagre econômico, mas num país onde o custo de vida tá mais apertado que calça jeans depois do Natal, qualquer alívio é bem-vindo. E olha que interessante: a proposta quase foi pro brejo por causa de umas emendas malucas que queriam incluir até reajuste pra quem ganha 20 salários. Sorte que a sanidade — ou o medo da revolta popular — prevaleceu.
O drama por trás dos números
Ah, mas não pense que foi um passeio no parque. O plenário virou um verdadeiro campo de batalha ideológica. De um lado, os defensores do 'alívio imediato'; do outro, os que gritavam sobre 'responsabilidade fiscal'. No meio disso tudo, você pode imaginar — muito discurso inflamado e pouca matemática básica.
Pra piorar (ou melhorar, dependendo do seu ponto de vista), a sessão foi tão conturbada que até o placar eletrônico deu pau em determinado momento. Coisa de novela mexicana, só que com terno e gravata. No final, o que prevaleceu foi aquela velha máxima política: 'quando não dá pra agradar todo mundo, pelo menos tira o time de campo sem levar pedrada'.
E agora? Bom, a bola está no campo do Executivo, que tem até o final do mês para sancionar ou vetar. Mas, entre nós, depois de tanto barulho, seria um verdadeiro tiro no pé barrar essa medida. Até porque 2026 está logo ali, e ninguém quer entrar pra história como o vilão do trabalhador assalariado.