O Partido Liberal (PL) está com a faca e o queijo na mão — e a faca está afiada. Nesta terça-feira (6), a legenda decidiu analisar internamente um pedido bombástico: a expulsão formal de um de seus deputados, que resolveu fazer elogios públicos ao ministro do STF Alexandre de Moraes. E olha que o clima já estava tenso antes mesmo dessa declaração.
O que exatamente aconteceu?
Parece que o parlamentar em questão — cujo nome ainda não foi oficialmente divulgado — resolveu nadar contra a corrente. Enquanto boa parte do PL adota um discurso crítico ao Supremo, ele saiu por aí distribuindo flores a Moraes. "Um dos juristas mais brilhantes da nossa geração", soltou, sem cerimônia. A reação? Um verdadeiro terremoto nos grupos internos do partido.
Não demorou nem 24 horas para as lideranças começarem a cozinhar a ideia de uma expulsão. "Isso aqui não é balada onde cada um fala o que quer", disparou um dos coordenadores estaduais, que preferiu não se identificar. O tom é de quem não está para brincadeira.
E agora, José?
O estatuto do PL prevê que expulsões precisam passar por uma sabatina interna antes de virar realidade. E não é qualquer sabatina: precisa ter aval da maioria dos membros da Executiva Nacional. Traduzindo? Vai dar pano pra manga.
- Primeiro passo: análise jurídica para ver se o caso se encaixa nas regras do partido
- Depois: reunião com as bancadas estaduais — e aí pode começar o verdadeiro cabo de guerra
- Por fim: votação na cúpula, onde tudo pode acontecer
Curiosamente, o deputado ainda não se manifestou publicamente sobre a ameaça de expulsão. Será que está arrependido? Ou preparando algum contra-ataque? O clima no Congresso promete ficar mais quente que café de madrugada.
Enquanto isso, os aliados mais próximos do parlamentar já começaram a circular pelos corredores com um discurso de "liberdade de expressão". Mas convenhamos: em tempos de polarização extrema, elogiar Moraes sendo do PL é como chegar de bermuda em casamento black-tie.
