
O cenário político e econômico está pegando fogo — e não é metáfora. O líder da oposição no Brasil, que prefere não fazer alarde (mas também não esconde o jogo), está com as malas semi-prontas para um voo direto aos Estados Unidos. O motivo? Aquelas tarifas que Trump enfiou goela abaixo do mundo e que ainda hoje assombram nossos exportadores.
Não é segredo que o ex-presidente americano adorava um protecionismo — e como! Seu governo aplicou sobretaxas em produtos brasileiros como aço e alumínio, e a conta, claro, veio para nós. Agora, com eleições americanas no horizonte e um possível retorno de Trump, a oposição brasileira resolveu dar um passo à frente. Ou seria um salto?
Jogo de xadrez (ou paciência?)
O plano é simples na teoria, mas complicadíssimo na prática: sentar com representantes do governo americano e tentar reverter — ou pelo menos amenizar — essas tarifas. "Não vamos ficar de braços cruzados", disse uma fonte próxima ao líder, que preferiu não gravar o nome. "Se tem uma coisa que aprendemos nos últimos anos, é que diplomacia se faz com presença, não só com notas de repúdio."
Mas calma lá! Antes que você imagine um discurso inflamado no Capitólio, é bom saber que a estratégia é mais sutil. O foco serão reuniões técnicas com congressistas e assessores diretos do Departamento de Comércio. O timing? Nem muito cedo para parecer desespero, nem muito tarde para perder o bonde.
E o governo federal?
Aqui a coisa fica... interessante. Oficialmente, o Planalto diz apoiar "qualquer iniciativa que beneficie o país". Mas entre as linhas, há quem veja essa movimentação como um xeque-mate político. Afinal, por que a oposição está fazendo o trabalho que, teoricamente, caberia ao Executivo?
"Isso mostra duas coisas", analisa um economista que pediu para não ser identificado. "Primeiro, que as relações comerciais estão tão ruins que até adversários políticos estão se unindo. Segundo, que ninguém mais aguenta esperar por soluções mágicas."
Enquanto isso, nos corredores do Congresso, o assunto divide opiniões. Alguns acham a iniciativa arriscada — "vai parecer que estamos implorando", murmurou um deputado. Outros defendem que é hora de ação: "Quando seu vizinho fecha a torneira, você não fica reclamando no grupo do condomínio. Você bate na porta dele."
Uma coisa é certa: essa viagem, se confirmada, vai esquentar ainda mais o já turbulento cenário político-econômico. Resta saber se será o início de uma nova fase nas relações Brasil-EUA ou apenas mais um capítulo nessa novela que às vezes parece não ter fim.