Oposição promete obstrução no Congresso, mas estratégia esbarra em regimento interno
Oposição planeja obstrução no Congresso, mas estratégia tem limite

O clima no Congresso Nacional está mais tenso que torcedor no clássico no último minuto. A oposição, aquela turma que vive com o dedo no gatilho do contraditório, anunciou nesta terça-feira (5) que vai apertar o cerco contra o governo. Mas tem um detalhe que pode virar um pepino: a famosa ocupação de plenários — aquela tática que já virou quase tradição — não está prevista no regimento interno.

Parece que alguém esqueceu de ler o manual antes de começar o jogo. Os líderes oposicionistas, cheios de gás, prometem usar todas as armas — legais, claro — para travar a pauta governista. Só que quando o assunto é ocupação física dos espaços, a coisa complica. É como querer entrar no cinema sem ingresso: pode até funcionar uma vez ou outra, mas não é exatamente dentro das regras.

O que dizem os especialistas?

Conversamos com dois juristas que entendem do riscado — e as opiniões divergem mais que preço de feira. Enquanto um afirma que a estratégia é "criativa, porém arriscada", o outro soltou a pérola: "Isso aí é gambiarra parlamentar, não procedimento legislativo".

O regimento interno, aquele documento que ninguém lê até precisar, é claro como água de coco sobre os métodos aceitáveis de obstrução. Debates prolongados? Pode. Requerimentos? Liberado. Agora, transformar o plenário em acampamento de escoteiros... isso já é outra história.

E o governo nisso tudo?

Os aliados do Planalto estão divididos entre a preocupação e o deboche. Um deputado da base, que pediu para não ser identificado, soltou: "Eles querem repetir 2016, só que esqueceram que o script mudou". Outros estão mais cautelosos, temendo que o barulho acabe dando munição para a oposição na opinião pública.

Enquanto isso, nas redes sociais, a briga já começou. De um lado, os "defensores da democracia"; do outro, os "obstructionistas profissionais". E no meio, o cidadão comum, tentando entender se isso é política ou teatro — ou os dois.

Uma coisa é certa: a próxima semana promete. Com ou sem respaldo regimental, a oposição já deixou claro que não vai facilitar. Resta saber se a estratégia vai render resultados ou vai acabar como aquela promessa de ano novo que ninguém lembra depois do Carnaval.