O clima no Congresso Nacional está mais pesado do que um temporal de verão no Rio. E não é pra menos: após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a oposição decidiu botar o pé no freio — e no acelerador da crise institucional.
"Vamos travar tudo", anunciou o líder da minoria, com aquele tom de quem acabou de engolir um limão inteiro. E não se trata de bravata vazia. Os parlamentares prometem transformar o plenário num campo de batalha, usando todas as armas do regimento para impedir a votação de projetos do governo.
O estopim
Tudo começou quando a Polícia Federal bateu na porta do ex-mandatário bem cedinho. A operação, que já vinha sendo chamada de "caça às bruxas" por aliados, detonou um efeito dominó no cenário político. De um lado, governistas comemoram "o fim da impunidade". Do outro, oposicionistas falam em "perseguição política" — e juram fazer barulho.
E não pense que é blefe. As primeiras medidas já começaram:
- Requerimentos de urgência para pautas irrelevantes
- Pedidos de vista coletivos em todas as comissões
- Obstrução de votações simbólicas
"É o Congresso em câmera lenta", resmunga um assessor parlamentar, enquanto toma seu terceiro café do dia.
Efeitos práticos
A máquina legislativa, que já não era nenhuma Ferrari, agora parece uma Kombi enguiçada na subida. Projetos importantes — inclusive alguns que beneficiam a população — estão encalhados nesse cabo de guerra político. E o pior? Ninguém sabe quando a poeira vai baixar.
Especialistas em direito constitucional já começam a coçar a cabeça. "Tecnicamente, eles podem manter esse circo por meses", explica um professor universitário, enquanto reorganiza suas anotações. "Mas o preço político pode ser alto demais para ambos os lados."
Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas esquenta mais que churrasco de domingo. Hashtags pró e contra a obstrução pipocam no Twitter, enquanto memes sobre o Congresso paralisado viram virais.
Uma coisa é certa: o ano legislativo promete — e muito. Resta saber se será produtivo ou se vai virar um verdadeiro teatro grego da política brasileira.
