
Numa virada de mesa que deixou até os mais experientes jornalistas de queixo caído, o senador fulano de tal — aquele mesmo que nunca foge de uma polêmica — soltou o verbo durante o debate no Estúdio i. Com uma cara de "quem não deve não teme", ele disparou: "Isso aqui tá virando um esparadrapo governista, querendo tampar o sol com a peneira da censura".
E não parou por aí. Num momento que misturou sarcasmo fino com análise política afiada, o parlamentar pegou pesado na crítica ao que chamou de "narrativa enviesada" sobre os eventos de 8 de janeiro. "Querem que a gente veja aquela data só pelo retrovisor, mas esquecem de mostrar o que realmente acelerou o motor daquela confusão toda", disparou, enquanto ajustava o microfone como quem prepara o próximo round.
O "de dentro para fora" que virou bordão
Pra quem tava achando que ia ser só mais um debate morno de política, eis que surge a pérola da noite: a tal análise "de dentro para fora". O senador, com aquela paciência de professor de cursinho, explicou: "Quando você só olha a fachada, perde a arquitetura toda. O 8 de janeiro não começou naquele dia — foi o ápice de um processo que vinha sendo ignorado".
Do outro lado, os defensores do governo não ficaram atrás. Um dos debatedores chegou a comparar o discurso do oposicionista a "revisionismo histórico com cheiro de gasolina". Aí, meu amigo, o clima esquentou mais que café de boteco no meio da tarde.
Os números que ninguém discute
- Mais de 15 horas de debate só neste ano sobre o tema
- 3 projetos de lei engavetados sobre regulação midiática
- Um aumento de 47% nas menções à palavra "censura" nos discursos parlamentares
E no meio dessa bagunça toda, o que sobrou pro cidadão comum? Uma sensação de déjà vu — como se o país estivesse preso num loop de acusações cruzadas, enquanto os problemas reais ficam esperando na fila. Como diria minha avó: "Discussão de rico, pobre que se lasque".
No final das contas, o que ficou claro é que essa história ainda vai dar muito pano pra manga. E pelo jeito, nem o tal esparadrapo — por mais largo que seja — vai conseguir tampar essa ferida que insiste em não cicatrizar.