Numa tarde que mais parecia um ringue de boxe político, o deputado Marcelo Motta (PL-AL) soltou os cachorros. E como soltou! Com aquele jeitão de quem já viu muito jogo sujo em Brasília, ele disparou críticas afiadas contra o que chamou de 'obstrução barata' na Câmara.
'Isso aqui tá virando circo, gente!' — exclamou, com os olhos arregalados de indignação. Segundo ele, certos parlamentares estariam usando táticas de obstrução como se fossem carta coringa no jogo do poder. Só que, na visão dele, democracia não se negocia como mercadoria no mercado negro da política.
O pulo do gato
O que realmente fez Motta perder a linha foi uma manobra envolvendo o ex-deputado Eduardo Cunha. 'Tá querendo voltar pela porta dos fundos, é?' — questionou, com aquele tom de quem já sabe a resposta. Para ele, certas jogadas minam a credibilidade do Legislativo de um jeito que dói na alma.
E não foi pouco: o alagoano soltou dados como quem joga balde de água fria. Segundo suas contas, só neste ano já rolaram mais de 200 pedidos de obstrução. 'Cadê o trabalho que estava aqui?', parece perguntar, ecoando o famoso bordão humorístico.
O X da questão
O que mais chocou:
- A acusação de que obstruções estariam sendo usadas para proteger interesses escusos
- A comparação com o mensalão — 'só que agora é obstrucionismo'
- O alerta sobre o risco de transformar a Câmara num 'parque de diversões políticas'
Numa sacada que misturava filosofia política com linguajar de boteco, Motta disparou: 'Democracia não é hambúrguer pra pedir sem picles! Ou se respeita inteirinha ou vira bagunça'. Duro, né?
E completou, com aquela cara de poucos amigos: 'Tem gente aqui que acha que Parlamento é balcão de negócios. Tá errado! É casa do povo, e ponto final'.
E agora, José?
Enquanto isso, nos bastidores, o clima é de quem pisou em falso. Alguns deputados cochichavam, outros evitavam contato visual — sabe aquele silêncio constrangedor de reunião de família brigada? Pois é.
O que fica claro é que o discurso de Motta cutucou a ferida com vara curta. Resta saber se vai ser só mais um berro no vazio ou se realmente vai ecoar pelos corredores do poder. Uma coisa é certa: o alagoano não tá nem aí pra polêmica. Como ele mesmo diz, 'quem não deve não teme'.
