
Eis que o ministro surge com uma promessa que não deixa margem para dúvidas: "Até o fim do dia, tudo estará resolvido". Palavras dele, não nossas. E olha que, em Brasília, promessa com prazo costuma ser raridade — quase um fenômeno meteorológico.
O clima? Pressão. Muita pressão. Motta, segurando o telefone como quem segura um copo d'água cheio até a borda (sem derramar, por enquanto), garantiu que as tais "providências" — essa palavra vaga que pode significar desde um comunicado de uma página até uma reforma ministerial — serão tomadas hoje mesmo. Nada de empurrar com a barriga.
O que esperar?
Bom, aí já é outro departamento. O ministro não entrou em detalhes — porque será que políticos adoram falar sem dizer nada? —, mas deixou escapar que "o assunto é prioritário". Prioridade em ritmo de urgência, parece.
- Primeiro: Reuniões a portas fechadas desde cedo. Muito café, poucas risadas.
- Segundo: Assessores correndo com pastas debaixo do braço. Sinal clássico de que algo está prestes a vir à tona.
- Terceiro: Aquele silêncio constrangedor quando a imprensa pergunta o óbvio. Você conhece o script.
Ah, e detalhe: não espere um "show midiático". Pelos cantos, dizem que o anúncio virá por nota oficial — coisa rápida, seca, sem direito a perguntas incômodas. Conveniente, não?
E agora?
Restar esperar. O relógio avança, o sol se põe, e Brasília respira fundo. Será que, desta vez, o "até o fim do dia" vai significar exatamente isso? Ou vamos acordar amanhã com um "novo prazo"? Apostas estão abertas.