Marcos Troyjo sobre tarifa de 100%: STF vira campo de batalha econômica
Marcos Troyjo analisa tarifa de 100% e polêmica no STF

O Brasil está prestes a entrar numa guerra fiscal que nem todos viram chegando. Marcos Troyjo, presidente do BNDES, soltou o verbo em entrevista exclusiva sobre a polêmica tarifa de até 100% que virou o novo pomo da discórdia no Supremo Tribunal Federal.

"Quando o judiciário vira árbitro de disputas econômicas, o risco é trocar o pneu com o carro andando", dispara Troyjo, numa metáfora que explica bem o cenário turbulento. O STF, que deveria ser o guardião da Constituição, agora parece ter virado fiscal de impostos - e isso está deixando muita gente com os cabelos em pé.

O X da questão

No centro da treta está uma discussão técnica que poderia fazer até economistas experientes torcerem o nariz. De um lado, a defesa de medidas protecionistas para "blindar" a indústria nacional. Do outro, o fantasma da retaliação comercial e da inflação que não perdoa.

  • Impacto imediato nos preços: prepare o bolso
  • Reação em cadeia no mercado internacional
  • O dilema do desenvolvimento versus livre comércio

Troyjo, com sua experiência de quem já viu crises econômicas nascerem e morrerem, alerta: "Não existe almoço grátis. Quando se mexe num setor, outros dez espirram." E o espirro, neste caso, pode virar uma pneumonia econômica.

O pulo do gato (ou será rato?)

O que pouca gente percebe é que por trás dessa briga técnica existe um cabo-de-guerra político que lembra aquelas disputas de escola - só que com bilhões em jogo. O BNDES, tradicionalmente visto como o "patinho feio" das políticas econômicas, pode acabar virando o cisne dessa história.

"Temos instrumentos mais eficazes que uma canetada", provoca Troyjo, sugerindo que o banco poderia oferecer alternativas menos traumáticas. Mas será que alguém está ouvindo?

Enquanto isso, nas prateleiras dos supermercados e nas linhas de produção, a conta já começa a chegar. E como diz o ditado: quando elefantes brigam, o chão que se cuide. No caso, somos nós, meros mortais que pagamos as contas no final do mês.