Eis uma ironia que nem o mais criativo roteirista de novela política ousaria imaginar. Lula, o eterno símbolo da esquerda brasileira, agora parece ter colocado as mãos no mesmo manual de jogadas que seus adversários tanto usaram contra ele. Quem diria, hein?
O Palácio do Planalto vem adotando — com uma certa maestria, diga-se — métodos que até pouco tempo atrás eram marca registrada da ala mais conservadora. É como ver um jogo de xadrez onde as peças pretas de repente começam a se mover como brancas, deixando todo mundo com aquela pulga atrás da orelha.
O copo e a água
Não é segredo pra ninguém que Bolsonaro sempre foi expert em polarização. Mas cá entre nós: quem esperava ver Lula pegando carona nesse trem desgovernado? A estratégia, que alguns chamam de "espelhar o adversário", tá dando o que falar nos bastidores de Brasília.
E olha que o negócio não é simples mimimi político não. Tem método nessa aparente loucura:
- Discurso mais inflamado em certos momentos (quase um déjà vu, não?)
- Uso de narrativas que cutucam as mesmas feridas sociais
- Aquela velha tática do "nós contra eles", só que agora com outros atores
Como diria meu avô, "quando o diabo não tem razão, levanta a voz". Só que nesse caso, parece mais uma calculada jogada de marketing político do que mero descontrole.
Nas entrelinhas do poder
Os especialistas — aqueles que realmente entendem do riscado — tão divididos. Uns veem genialidade tática, outros um perigoso precedente. "É como beber veneno esperando que o outro morra", me disse um analista que prefere não se identificar (por motivos óbvios).
O fato é que o xadrez político brasileiro nunca foi tão... interessante? Complexo? Ou seria preocupante? Depende de que lado do tabuleiro você está.
E aí, será que essa virada de mesa vai dar certo ou vai ser mais um tiro que sai pela culatra? Só o tempo — e as próximas pesquisas eleitorais — vão dizer. Mas uma coisa é certa: o jogo mudou, e como!
