
O que acontece quando dois Bolsonaros e um ex-presidente dos EUA entram numa discussão sobre impostos? A resposta, segundo a Quaest, é um presente de grego para Lula.
Os números mais recentes da pesquisa — aquela que ninguém esperava, mas todo mundo comenta — mostram um salto na aprovação do ex-presidente. E olha que a coisa tá quente: 42% dos entrevistados agora veem Lula com bons olhos. Um aumento de 3 pontos percentuais em apenas um mês. Coincidência? Difícil acreditar.
O estrago da "BolsoTaxa"
Trump soltou o verbo (como sempre) chamando a política tributária brasileira de "roubo institucionalizado". Eduardo Bolsonaro, num daqueles momentos "pé na jaca", resolveu ecoar as críticas. Resultado? Uma enxurrada de memes e — pasmem — um efeito reverso nas intenções de voto.
Os especialistas da Quaest, entre um café e outro, notaram algo curioso:
- A rejeição ao governo Bolsonaro subiu 5 pontos
- Lula lidera com 28% nas simulações de primeiro turno
- Entre jovens de 16 a 24 anos, o crescimento foi de 8%
Não é todo dia que se vê uma jogada política sair tão pela culatra. "Parece aquela história do tiro que sai pela culatra, mas acerta o próprio pé", comentou um analista que preferiu não se identificar.
O que dizem as ruas
Nas esquinas de São Paulo, o papo é outro. Maria, dona de um boteco na Zona Leste, resume: "Eles tão discutindo imposto como se fosse novela das nove, enquanto a gente aqui se vira nos 30 pra pagar conta".
Já entre os mais jovens, a revolta parece ter encontrado um alvo claro. "Os caras tão preocupados em brigar com gringo enquanto a gente não consegue nem estágio", disparou um universitário durante protesto na Avenida Paulista.
Os números falam por si:
- 58% consideram a discussão sobre impostos "desconectada da realidade"
- Apenas 12% apoiam as críticas de Trump
- 79% querem debate sobre reforma tributária
Enquanto isso, nos bastidores, o PT parece ter encontrado o vento a favor. Resta saber se conseguirão surfar essa onda ou se — como diz o ditado — vão trocar o seis por meia dúzia.