
Numa fala que misturou indignação e ironia, o presidente Lula não poupou críticas às recentes medidas comerciais anunciadas por Donald Trump. Chamou a proposta de "chantagem inaceitável" — e olha que ele já viu muita coisa em décadas de política.
Numa coletiva improvisada (como de costume), o mandatário brasileiro soltou o verbo: "Não vamos engolir essa pílula amarga. Querem nos empurrar regras que só beneficiam quem já está nadando em dinheiro." A referência? As gigantes de tecnologia, claro.
O xadrez das tarifas
O tom esquentou quando o assunto virou as tais "taxações criativas" — como Lula apelidou. Segundo ele, a medida feriria acordos internacionais e traria prejuízos bilionários. "É como querer cobrar pedágio num rio que não é seu", comparou, levantando sobrancelhas na plateia.
Detalhe curioso: enquanto falava, mexia incessantemente nos óculos — sinal clássico de irritação contida. Jornalistas presentes relataram que, em certo momento, ele até abanou uma folha de papel como quem diz "isso aqui não cola".
Techs na mira
E não parou por aí. O presidente foi duro com as multinacionais do Vale do Silício: "Google, Meta e afins acham que são donas do mundo digital. Pois saibam: Brasil tem leis, e elas valem pra todo mundo." Aplausos discretos surgiram entre assessores.
- Regulação de dados? "Não é opção, é obrigação"
- Taxação justa? "Tá na hora de virar o jogo"
- Fiscalização? "Vamos botar lupa onde tem blindagem"
Um recado claro: a era do faz-de-conta acabou. Resta saber como as empresas — e o ex-presidente americano — vão reagir à altura.