
Parece que o Planalto vai ter que engolir um sapo bem amargo em 2025. Dos 38 projetos considerados essenciais pelo governo Lula, impressionantes 30 deles — ou 80% para quem prefere números redondos — estão literalmente nas mãos de dois senadores: Eduardo Braga (MDB-AM) e Davi Alcolumbre (União-AP).
E não estamos falando de qualquer pauta. A lista inclui desde a reforma tributária (aquela que todo mundo fala mas ninguém entende direito) até a tão sonhada — e eternamente adiada — reforma administrativa. O que me faz pensar: será que 2025 vai ser finalmente o ano?
O jogo de poder por trás dos números
Braga, como relator da PEC dos Precatórios, segura na mão a chave do cofre. Já Alcolumbre, com sua influência no Centrão, pode ser o carrasco ou o salvador da pátria, dependendo do dia da semana. Política brasileira, né?
Entre os projetos que podem virar pó ou poesia:
- A nova lei de saneamento básico (porque banheiro é luxo pra alguns)
- O marco legal do gás (aquele que pode fazer seu botijão custar um rim ou não)
- A regulamentação do trabalho por aplicativo (uberizando até as discussões)
Não é de hoje que o Congresso vira o caldo do executivo. Mas dessa vez a coisa tá preta — ou vermelha, dependendo do seu espectro político.
E o povo nisso tudo?
Enquanto os senadores fazem o vai-e-vem de sempre, o cidadão comum fica ali, torcendo pra que pelo menos o básico funcione. Transporte, saúde, educação — sabe, aquelas coisinhas mínimas que a gente paga imposto pra ter?
O que me deixa pensativo: será que algum dia vamos ver um governo que não precise fazer acordos com o diabo — digo, com o centrão — pra conseguir governar?