Haddad afirma que 90% do decreto do IOF é consenso — e explica os 10% polêmicos
Haddad: 90% do decreto do IOF é consenso; 10% geram debate

Numa tarde que misturava sol forte e nuvens carregadas — quase como o clima político atual —, Fernando Haddad decidiu cortar o mal pela raiz. O ministro da Fazenda soltou o verbo e deixou claro: 90% do decreto que regulamenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não tem nada de controverso. "É puro consenso", disparou, com aquele jeito paulistano de quem não tem tempo a perder.

Mas e os outros 10%? Ah, esses são a cereja do bolo — ou melhor, o espinho no pé. São justamente os pontos que ainda fazem o governo coçar a cabeça, dividindo opiniões entre os técnicos do Tesouro e os políticos mais pragmáticos. Haddad, sempre astuto, não entrou em detalhes, mas deixou escapar que a discussão gira em torno de "operações específicas que podem impactar setores sensíveis".

O que está em jogo?

Numa linguagem que até seu Zé da padaria entenderia:

  • Crédito rural: Será que o agronegócio vai ter que pagar mais?
  • Câmbio: Como fica quem compra dólar para viajar ou importar?
  • Mercado financeiro: Bancos vão repassar o custo para o cliente comum?

Haddad, num tom quase professoral — herança de quem já deu aula em faculdade —, garantiu que o governo não quer "inventar a roda". Mas admite: "Tem uns parafusos que ainda precisam ser apertados direito." E olha que, no meio disso tudo, o Congresso já está de olho, prontinho para dar pitaco.

Curiosamente, enquanto Haddad falava, o dólar dava uma leve recuada na Bolsa. Coincidência? Talvez. Ou sinal de que o mercado está digerindo a notícia com otimismo cauteloso — coisa rara nesses tempos de crise de ansiedade econômica.

E agora?

O decreto deve sair nos próximos dias, mas já se sabe: vai ter debate até o último minuto. Afinal, em Brasília, até o óbvio precisa ser negociado. E Haddad? Bem, ele parece estar pronto para o jogo político — mesmo que isso signifique abrir mão de 10% das suas convicções.

PS: Alguém avisa o mercado que o café da tarde hoje vai ser acompanhado de especulação tributária?