
O clima nos bastidores do governo Bolsonaro era, no mínimo, peculiar. Um general do Exército, cujo nome ainda não foi divulgado, admitiu publicamente que participou de discussões sobre minutas polêmicas e chegou a cobrar sua aplicação. Parece que a linha entre assessoria e pressão era mais tênue do que se imaginava.
Segundo fontes próximas ao Palácio do Planalto, esses documentos — que circulavam entre o entorno do ex-presidente — continham propostas que, digamos, "pisavam em ovos" no que diz respeito à legalidade. O general, em tom que misturava orgulho e desconforto, confirmou: "Debatemos sim, e eu cobrei. Era meu dever".
O que dizem os documentos?
Detalhes vazados sugerem que:
- Havia minutas sobre intervenção em órgãos de controle
- Propostas de mudanças radicais em políticas públicas
- Rascunhos de decretos que desafiavam interpretações constitucionais
Não é todo dia que um militar de alta patente admite esse tipo de participação. Alguns analistas veem isso como coragem; outros, como ingenuidade política. E você? Acha que foi transparência ou um tiro no pé?
O mais curioso? Enquanto isso vazava, Bolsonaro postava vídeos pescando no interior de São Paulo — aquela velha estratégia de "distração enquanto a casa pega fogo". Coincidência? Difícil acreditar.
E as consequências?
Juristas já começam a esfregar as mãos. Alguns artigos do Código Penal Militar podem se aplicar aqui. Mas, como sabemos, no Brasil a distância entre o "pode" e o "acontece" é maior que a fila do INSS.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue seu curso:
- De um lado, os que defendem o general como "patriota"
- Do outro, quem vê nisso mais uma prova de autoritarismo
- E no meio, como sempre, a maioria que só quer saber se o gás de cozinha vai baixar de preço
Uma coisa é certa: esse caso ainda vai dar muito pano pra manga. Ou melhor, muito fardamento pra lavar.