O clima nos bastidores da política baiana está mais tenso do que torcedor no clássico Bahia x Vitória. E não é à toa: a possível fusão entre PP e União Brasil virou um verdadeiro cabo de guerra, com interesses de todos os lados.
Niltinho, deputado estadual pelo PP, soltou o verbo em entrevista exclusiva. "Tem gente puxando a brasa pra seu assado", disparou, sem papas na língua. Segundo ele, o impasse não é sobre ideologia - até porque, vamos combinar, ninguém mais acredita nisso - mas sim sobre quem manda no pedaço depois da união.
O que está em jogo?
Não é brincadeira de criança não. Estamos falando de:
- Controle da máquina partidária (aquela que decide quem fica com a grana do fundão eleitoral)
- Espaço na disputa por prefeituras em 2026
- Influência no governo estadual
E olha que interessante: enquanto os caciques discutem nos bastidores, a base já está se coçando. Um vereador de Salvador, que pediu pra não ser identificado, me contou: "A galera tá tipo barata tonta, sem saber pra que lado correr".
E o eleitor nessa história?
Bom, se você tá se perguntando o que muda pra população... a resposta honesta? Pouca coisa. Mas - e sempre tem um mas - pode afetar quem aparece nas propagandas eleitorais gratuitas daqui dois anos.
Niltinho, que parece ter virado o porta-voz não oficial da situação, soltou uma pérola: "Política é como casamento - quando junta, tem que saber dividir a cama e a conta no mercado". Filosófico, não?
Enquanto isso, em Brasília, os dirigentes nacionais dos dois partidos fazem cara de paisagem. Mas na Bahia, o clima é de quem tá segurando a porta antes da briga começar. Fica a dúvida: vai dar merengue ou vai dar samba?
