
Não é todo dia que se vê um parlamentar armando barraca em plena Esplanada dos Ministérios. Mas o deputado federal aliado de Jair Bolsonaro resolveu fazer história — ou pelo menos um belo espetáculo midiático.
Desde o amanhecer desta quinta-feira (25), ele montou acampamento em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). E não foi por falta de hotel. O motivo? Uma mistura explosiva de indignação e retórica política.
O protesto que virou palco
"Isso aqui é um protesto contra a ditadura do STF", declarou o deputado aos repórteres, enquanto ajustava uma bandeira do Brasil em seu improvisado quartel-general. A cena — digna de um reality show político — chamou atenção até de servidores que passavam rumo ao trabalho.
Detalhe curioso: o parlamentar não está sozinho. Um pequeno grupo de apoiadores compareceu, transformando o gramado em ponto de encontro de bolsonaristas descontentes. Cafezinho, cadeiras de praia e muita conversa sobre "o fim da democracia".
O estopim da crise
Tudo começou com aquela decisão do Supremo que ninguém esperava — ou talvez todos esperassem, considerando os últimos anos. O tribunal, segundo o deputado, estaria "ultrapassando seus limites".
"Quando o Judiciário vira Legislativo, temos um problema", disparou ele, entre um gole de chimarrão e selfies com simpatizantes. A crítica? Decisões recentes que, em sua visão, "ferem a soberania popular".
E agora?
Enquanto isso, dentro do STF, ministros seguem trabalhando — aparentemente alheios ao circo armado do lado de fora. Mas será que estão mesmo? Fontes próximas ao tribunal dizem que há "certa preocupação" com a escalada retórica.
O deputado promete ficar "enquanto for necessário". Resta saber se a paciência dos seguranças do local durará tanto quanto seu entusiasmo contestatório.
Uma coisa é certa: Brasília nunca fica entediada. Enquanto uns governam, outros acampam — e a política brasileira segue seu curso, imprevisível como sempre.