
Em um cenário político cada vez mais dividido, a busca por consenso parece um desafio quase intransponível. Cristovam Buarque, em sua coluna, aborda justamente esse dilema: como construir acordos em meio a tantas discordâncias?
A democracia brasileira vive um momento de tensão, onde os debates são marcados por extremos e a capacidade de diálogo parece estar em risco. Buarque destaca que, sem consenso, fica difícil avançar em políticas públicas essenciais para o desenvolvimento do país.
O Papel da Política no Consenso
Segundo o autor, a política deveria ser o espaço por excelência para a construção de acordos. No entanto, o que se vê é um ambiente cada vez mais hostil, onde as diferenças são exacerbadas e o respeito ao contraditório fica em segundo plano.
Buarque argumenta que a falta de consenso não é apenas um problema político, mas também social. Quando as lideranças não conseguem se entender, a população acaba sofrendo as consequências, com políticas públicas estagnadas e um clima de desconfiança generalizado.
Discordâncias que Dividem
O texto também reflete sobre as principais fontes de discordância no Brasil. Questões como reforma tributária, educação e saúde pública são frequentemente palco de embates acirrados, sem que se chegue a soluções efetivas.
Para Buarque, é preciso resgatar a capacidade de ouvir o outro e buscar pontos em comum, mesmo em meio às diferenças. Afinal, a democracia não é sobre unanimidade, mas sobre a possibilidade de conviver com divergências e ainda assim avançar.
O Caminho para o Diálogo
Como sair desse impasse? O autor sugere que a resposta está na valorização do debate qualificado e no respeito às instituições democráticas. Sem isso, o risco é de que as discordâncias se transformem em crises ainda mais profundas.
No final, Buarque deixa um questionamento: será que estamos dispostos a ceder um pouco para ganhar muito, ou vamos continuar presos em nossas próprias certezas?