
Não é todo dia que um presidente brasileiro vira assunto nos Estados Unidos — e muito menos em meio a um cabo-de-guerra diplomático. Mas parece que os recentes atritos entre Lula e Donald Trump estão surtindo um efeito curioso: a popularidade do governo federal subiu como foguete no último mês.
Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os dados são claros. "Quando o brasileiro vê seu líder enfrentando figuras internacionais polêmicas, algo clica na cabeça do eleitor", analisa. E não é que a estratégia está funcionando?
Os números que surpreenderam
Dois pontos percentuais em um mês. Pode parecer pouco, mas na política atual — onde cada décimo conta — é como ganhar na loteria. A pesquisa mostra que 42% dos entrevistados agora avaliam o governo como "bom" ou "ótimo".
E olha só a ironia: enquanto Trump perde força nos EUA, aqui suas críticas acabam servindo de trampolim para Lula. Quem diria, hein?
O que explica esse fenômeno?
- Efeito "nós contra eles": Brasileiros tendem a se unir quando sentem ataques externos
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- Contraste geracional: Lula aparece como estadista diante do estilo Trump
Não é que o governo tenha virado queridinho da nação — longe disso. Mas depois de meses no limbo, qualquer sinal de recuperação já é motivo para comemorar nos corredores do Planalto.
"Tem um ditado em política: melhor ser odiado do que ignorado. No caso, estão sendo notados — e isso conta pontos", filosofa um assessor presidencial que preferiu não se identificar.