Bolsonaro nega conspiração golpista, mas admite tentativa de anular eleições por vias legais
Bolsonaro admite tentar anular eleições, mas nega golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a negar qualquer envolvimento em uma suposta trama golpista, mas fez uma revelação significativa: admitiu que tentou anular os resultados das eleições presidenciais de 2022 por meios legais.

Em entrevista recente, Bolsonaro afirmou que sua equipe jurídica buscou recursos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar a lisura do pleito. "Não houve golpe, mas utilizamos todos os instrumentos democráticos à nossa disposição", declarou.

O contexto das declarações

As afirmações ocorrem em meio às investigações sobre supostos atos antidemocráticos após sua derrota eleitoral para Luiz Inácio Lula da Silva. Procuradores do Ministério Público Federal analisam se houve organização de protestos que culminaram nos episódios de 8 de janeiro de 2023.

Os argumentos jurídicos

Segundo Bolsonaro, as ações judiciais se basearam em:

  • Relatórios sobre supostas irregularidades em urnas eletrônicas
  • Questionamentos sobre a equalização do tempo de propaganda eleitoral
  • Alegações de interferência midiática no processo democrático

O TSE, no entanto, rejeitou todas as contestações, considerando-as infundadas.

Reações políticas

Líderes governistas classificaram as declarações como "revisionismo perigoso", enquanto aliados do ex-presidente defendem seu direito de questionar resultados eleitorais dentro da lei.

Especialistas em Direito Constitucional alertam que, embora a contestação judicial seja legítima, a persistência em narrativas não comprovadas pode minar a confiança nas instituições democráticas.