Brasília virou palco de um verdadeiro circo político nesta semana. Nem o mais roteirizado dos dramas conseguiria capturar o caos que se instalou no coração do poder brasileiro.
Quase 36 horas. Esse foi o tempo que um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro manteve a mesa diretora da Câmara dos Deputados refém. Uma cena que lembra os piores momentos da política brasileira — e olha que a concorrência é forte.
Senado também vira alvo
Enquanto isso, a poucos metros dali, o Senado Federal virava território ocupado. Quase dois dias completos (47 horas, para ser exato) com parlamentares impedidos de trabalhar. Parece piada pronta, mas é a nossa realidade política em 2025.
Os manifestantes — que alguns chamariam de radicais, outros de idealistas — alegavam não sei quantas conspirações. O fato é que conseguiram parar o país. De novo.
Retomada com gosto de derrota
Quando a poeira baixou e os trabalhos foram retomados, o clima era de quem perdeu uma aposta mas ainda acha que pode virar o jogo. Os líderes partidários tentavam disfarçar a frustração, mas dava pra ver no olhar: tá todo mundo cansado desse jogo de gato e rato.
E você, acha que isso vai se repetir? Porque eu tenho minhas dúvidas se aprendemos a lição. A história tem um jeito engraçado de se repetir por aqui — primeiro como tragédia, depois como farsa, e no Brasil as vezes as duas coisas ao mesmo tempo.
Enquanto isso, Brasília respira aliviada. Por enquanto. Porque nesse ritmo, quem sabe o que a próxima semana reserva? O jeito é torcer para que a razão — se é que ainda existe na política — prevaleça.
