Parece que o Congresso Nacional virou um canteiro de obras sem fim. De um lado, deputados apertados em gabinetes que mais parecem cabines de avião. De outro, 18 novos espaços prometidos — mas que ainda não saíram do papel. E o prazo? Ah, esse já virou piada nos corredores.
Segundo fontes que circulam pelo Plenário, a situação tá feia. Alguns parlamentares estão dividindo até telefone — coisa que não se via desde os tempos de faculdade repartida. "É um absurdo", resmunga um deputado que prefere não se identificar. "Como vou atender minha base eleitoral num espaço menor que meu banheiro em casa?"
O que tá segurando as obras?
Burocracia, claro. Sempre ela. Entre licitações que parecem novelas mexicanas e projetos arquitetônicos que voltam e meia precisam ser refeitos, a coisa não anda. Detalhe: estamos falando de um orçamento milionário, mas que parece evaporar entre uma comissão e outra.
- Problema 1: A tal da "adequação às normas de acessibilidade" — importante, mas que emperra tudo
- Problema 2: A briga por quem fica mais perto do plenário (sim, isso existe)
- Problema 3: O eterno vai-e-vem de orçamentos entre Câmara e Senado
E enquanto isso? Enquanto isso, assessores trabalham em corredores, deputados marcam reuniões em cafeterias e o povo brasileiro... bem, o povo brasileiro paga a conta.
E os prazos?
Originalmente, as obras deveriam ter começado em março. Depois foi pra junho. Agora? "Assim que possível" — essa é a nova fórmula mágica dos comunicados oficiais. Alguém aí se lembra daquelas promessas de modernização do Legislativo? Pois é.
Curiosidade: os novos gabinetes seriam no Anexo IV, um prédio que já nasceu defasado. Ironia ou má gestão? Difícil dizer. O certo é que, enquanto a conta não fecha, os deputados continuam fazendo malabarismo com o espaço existente — e a produtividade? Essa fica pra depois.
