Não foi um sábado qualquer na Avenida Paulista. O coração financeiro de São Paulo pulsou verde e amarelo num espetáculo de cores e vozes que ecoou por quilômetros. Segundo cálculos meticulosos da USP — aqueles que não deixam margem pra dúvida —, 376 mil almas se aglomeraram num ato que já entra pra história.
Quem passava por ali, mesmo sem interesse político, não conseguia ignorar. O cheiro de pipoca misturado ao calor humano, os cantos de guerra que variavam entre o patriótico e o provocativo, as bandeiras tremulando como se fossem asas de um Brasil dividido. E no meio disso tudo, uma pergunta pairando no ar: "Até onde isso vai levar?"
Números que falam — e como!
A metodologia da USP, sempre criteriosa, usou imagens de drone e contagem por setores. Nada de chutes ou exageros de redes sociais. O resultado? Uma multidão que:
- Encheu 18 quarteirões da principal avenida do país
- Superou eventos culturais como a Parada LGBT+ de 2019
- Deixou marcas de desgaste no asfalto que a prefeitura vai lamentar
Não era só quantidade, era intensidade. Gente que veio de ônibus fretado do interior, senhoras de meia-idade com pintura no rosto mais elaborada que maquiagem de carnaval, jovens que pareciam ter descoberto o patriotismo na semana passada. Uma colcha de retalhos sociais que só o Brasil sabe costurar.
O outro lado da moeda
Enquanto isso, nas redes... ah, as redes! Os opositores chamavam de "circo da nostalgia bolsonarista". Os apoiadores, de "grito da nação conservadora". A verdade? Provavelmente está em algum lugar no meio — ou em nenhum desses lugares.
O certo é que o evento:
- Reaqueceu debates sobre liberdade de expressão
- Testou os limites da segurança pública numa cidade ainda traumatizada por 2023
- Deu trabalho extra pra garis que recolheram toneladas de adesivos e bandeiras plásticas
E agora? O clima pós-evento lembra a calmaria depois de um temporal — todos sabem que pode voltar a chover a qualquer momento. Resta saber se será uma chuva que fertiliza ou uma enxurrada que arrasa.
