Venda de terreno em área geográfica estratégica gera polêmica e levanta debate sobre preservação ambiental em SC
Venda de terreno em área sensível gera polêmica em SC

Era pra ser mais uma transação imobiliária comum, mas virou um verdadeiro vespeiro. Um terreno — desses que normalmente passariam batido nos classificados — está causando rebuliço em Santa Catarina. E não é por pouco.

Localizado numa daquelas áreas que os mapas destacam com cores especiais (sabe quando você vê aquelas manchinhas verdes nos atlas escolares?), o tal lote virou pivô de uma discussão que mistura desenvolvimento econômico com preservação ambiental — aquela velha briga entre o progresso e o pé na freio.

O que está pegando?

De um lado, os defensores do negócio argumentam com números na ponta da língua: geração de empregos, movimentação econômica, desenvolvimento regional. Do outro, ambientalistas mostram fotos de espécies nativas que habitam o local — algumas que você só encontra nesse cantinho do mapa.

"É como querer construir um shopping em cima do jardim botânico", dispara uma bióloga local, que prefere não se identificar. Já o corretor responsável pela venda rebate: "Ninguém quer destruir nada, mas temos que pensar no futuro também".

O meio do caminho

Enquanto isso, o poder público — sempre aquele terceiro elemento na briga de casal — tenta equilibrar a equação. Há rumores de que pode haver uma solução de meio-termo: talvez apenas parte da área seja liberada, com contrapartidas ambientais pesadas.

Mas será que isso basta? Alguns moradores mais antigos da região contam histórias de quando a área era praticamente intocada. "Antes a gente via tucanos todo dia", lembra um aposentado, enquanto ajusta o chapéu. Hoje, diz ele, são sortudos se avistam um por semana.

O caso lembra aquela máxima: tudo tem seu preço. Mas será que algumas coisas não deveriam ficar fora do mercado?