Histórico! Famílias Ava-Guarani conquistam terras com apoio da Itaipu após anos de luta
Ava-Guarani conquistam terras com verba da Itaipu no PR

Finalmente, depois de décadas de espera e resistência, algo concreto aconteceu. As primeiras famílias Ava-Guarani — sim, aquelas que você vê nas reportagens lutando por um pedaço de chão pra chamar de seu — conseguiram se estabelecer em terras compradas com recursos da Itaipu Binacional. E olha, não foi pouco: um acordo de milhões (ninguém fala valores exatos, mas sabe-se que é coisa séria) selou o destino desses guerreiros modernos.

O Oeste do Paraná, região que já foi palco de conflitos intermináveis, agora vê um novo capítulo. As terras, adquiridas com verba de compensação ambiental — aquela que muita gente acha que some em burocracia —, estão sendo preparadas para receber não só casas, mas histórias. E que histórias!

Detalhes que fazem diferença

O processo, claro, não foi simples como assinar um papel. Envolveu:

  • Negociações que pareciam um jogo de xadrez com peças invisíveis
  • Estudos técnicos que iam desde o tipo de solo até a memória cultural dos avá-guarani
  • Um vai-e-vem de documentos que daria um romance kafkiano

Mas no fim, deu certo. Ou melhor, está dando — porque assentamento é verbo no presente contínuo, como bem sabem os antropólogos.

E agora, José?

As famílias, entre crianças que mal sabem a dimensão do feito e anciãos que carregam cicatrizes de outras batalhas, começam a reconstruir o que muitos chamam de "identidade territorial". Tem desde plantio de ervas medicinais — aquelas que os pajés usam pra curar mais que o corpo — até projetos de educação diferenciada (leia-se: que respeita o jeito guarani de ver o mundo).

Não é perfeito, longe disso. Falta infraestrutura, o acesso à saúde ainda é complicado, e o fantasma da discriminação — esse velho conhecido — ainda ronda. Mas é um começo. Ou, como diria um líder indígena que preferiu não se identificar: "Antes a gente era sombra no próprio país. Agora, pelo menos, temos onde projetar nossa luz".

E a Itaipu? Bem, a empresa — que já foi alvo de críticas por impactos ambientais — parece estar aprendendo a lição. Resta saber se outras seguirão o exemplo, ou se essa vai ficar como mais uma exceção que confirma a regra.