
Numa decisão que pegou muitos de surpresa, o presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, declarou publicamente que não vai marcar presença na próxima COP30, marcada para acontecer em Belém, no Brasil. O motivo? O preço exorbitante da passagem — algo que, segundo ele, não faz sentido num momento de "apertar os cintos" financeiros.
Não é todo dia que um chefe de Estado deixa de participar de um evento tão relevante por causa de custos, não é mesmo? Mas Van der Bellen, conhecido por seu pragmatismo, não viu alternativa. "Infelizmente, os valores envolvidos são incompatíveis com nossa política de responsabilidade fiscal", justificou, em tom quase de desculpas.
O que isso significa para a COP30?
Especialistas em política ambiental já começam a especular se outros países seguirão o exemplo austríaco. Afinal, estamos falando de uma conferência crucial para o futuro do planeta — mas também de orçamentos cada vez mais enxutos na Europa.
- O custo total da viagem (incluindo segurança e logística) ultrapassaria €200 mil
- A Áustria enfrenta pressão interna para reduzir gastos públicos
- Representantes do governo participarão, mas sem a presença do presidente
Curiosamente, o anúncio veio justamente quando o Brasil se prepara para receber o evento — e mostrar ao mundo suas credenciais ambientais. Será que a ausência de figuras importantes como Van der Bellen pode minar a relevância da conferência? Difícil dizer, mas o clima — no sentido político — já esquenta.
Reações mistas
Enquanto alguns aplaudem a decisão como um ato de "coerência econômica", outros a veem como um sinal preocupante. "Se nem os líderes estão dispostos a investir no meio ambiente, que mensagem isso passa?", questionou uma ativista em Viena, em entrevista improvisada na frente do Parlamento.
Já no Brasil, o governo federal preferiu não comentar diretamente — mas fontes próximas ao Planalto admitem, em off, que a notícia "não ajuda" nos esforços para atrair participações de peso.