
Não foi brincadeira, não. O STF acabou de fechar o cerco contra um dos participantes daquela baderna toda de 8 de janeiro — lembra? Aquele dia em que uma turba invadiu o Supremo como se fosse um parque de diversões? Pois é.
Dessa vez, o alvo foi um sujeito que resolveu bancar o "ministro por um dia". Sentou na cadeira do Alexandre de Moraes como se estivesse no sofá de casa, tirou foto, fez pose... Só faltou pedir um cafezinho.
O que diz a decisão?
Os ministros não engoliram a palhaçada. Por unanimidade, confirmaram a condenação por:
- Dano qualificado (aquele mais grave)
- Invasão de prédio público
- Participação em atos violentos contra o Estado
Detalhe curioso: o cara já tinha sido condenado antes, em primeira instância. Mas a defesa achou que dava pra escapar — errou feio. O STF manteve a sentença de 17 anos de prisão. Dezessete! Quase uma carreira inteira.
"Só sentei, ué"
A defesa tentou argumentar que o ato foi "mera brincadeira". Sabe aquele jeitinho brasileiro de achar que tudo se resolve com um sorriso? Pois é, não colou. O ministro relator, Dias Toffoli, foi categórico: "Não se trata de ato lúdico, mas de afronta direta ao Estado Democrático de Direito".
E olha que tem mais: além da cadeira do Moraes, o réu também foi flagrado:
- Destruindo equipamentos públicos
- Participando ativamente da invasão
- Postando vídeos nas redes sociais (sim, ele mesmo registrou os próprios crimes)
Não dá pra dizer que não teve provas, né? Até selfie tinha.
E agora?
Com a decisão do STF, o caso está praticamente encerrado. A não ser que o réu invente algum recurso mirabolante — o que, convenhamos, não deve mudar muita coisa.
Enquanto isso, outros processos relacionados ao 8 de janeiro continuam rolando. Parece que a Justiça não vai deixar barato — e nem deveria, diga-se de passagem. Afinal, democracia não é brincadeira de criança.