Justiça Eleitoral corta pela raiz: Prefeito e Vice de Japurá, no PR, perdem mandatos por abuso de poder
Justiça Eleitoral cassam prefeito e vice no Paraná

O cenário político de Japurá, uma cidade de pouco mais de nove mil almas no noroeste do Paraná, virou de cabeça para bairo. Numa jogada que ninguém na cidade vai esquecer tão cedo, a Justiça Eleitoral decidiu, na tarde desta quinta-feira (5), cassar os mandatos do prefeito Valdemir Scarpari e do vice-prefeito José Carlos Surdi.

A decisão, hein? Não foi por pouco. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) cortou o mal pela raiz, afirmando que a dupla cometeu abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2024. O ponto central da trama – que parece saída de um seriado – foi uma suposta obra de asfaltamento.

O Xis da Questão: Asfalto ou Propaganda?

Pois é. A denúncia que derrubou os gestores acusava o então candidato Scarpari de usar uma obra de pavimentação como isca para angariar votos. Imagina só: máquina pública trabalhando a todo vapor em ano eleitoral, criando uma sensação de ‘gestão que faz’, bem na hora em que every vote counts.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) não só entrou com a ação como conseguiu provar que a obra foi iniciada e amplamente divulgada de forma estratégica, caracterizando aquilo que a gente chama de uso indevido da máquina. Um clássico, mas que ainda pega muita gente desprevenida.

E agora, José? Com a cassação, os cargos ficam vagos. A presidência da Câmara Municipal deve assumir temporariamente, mas o futuro político da cidade é uma incógnita total. O clima por lá deve estar mais tenso que final de campeonato.

E as consequências?

Além de perderem o mandato – um baque e tanto –, Scarpari e Surdi ficam inelegíveis por oito anos. Oito anos! Isso significa que eles não poderão disputar nenhum cargo eletivo até 2033. Uma sentença que praticamente apaga uma carreira política da noite para o dia.

O caso serve como um daqueles alertas sonoros para todos os gestores do país. A Justiça Eleitoral está de olho, e as regras do jogo, embora algumas ainda nebulosas, estão aí para serem cumpridas. O povo de Japurá, por sua vez, fica à deriva, esperando a poeira baixar e saber quem vai comandar os rumos da cidade.