
Parece que a conta chegou para quem achou que poderia pular a cerca sem consequências. Numa entrevista que deixou muitos colegas com a pulga atrás da orelha, o deputado Paulinho da Força (PL) foi direto ao ponto: anistia ampla para quem desobedeceu a orientação do partido? Esquece.
O tom foi duro, quase um reality check para quem ainda nutria esperanças de um perdão geral. "Impossível", disparou ele, sem rodeios. A mensagem ecoou pelos corredores do Congresso como um alerta — e, convenhamos, ninguém pode dizer que não foi avisado.
O Xis da Questão Partidária
O cerne do problema? Aquela votação tensa da MP dos Guaracapes, lembra? Bom, o PL, junto com a base governista, orientou o 'não'. Só que aí... bem, aí a coisa desandou. Uma turma do próprio partido simplesmente deu as costas e votou 'sim'. Foi um baile, e dos bons.
Paulinho não só confirmou a insatisfação geral como deixou claro que a liderança não vai fazer vista grossa. "O partido ficou insatisfeito", admitiu, num eufemismo que soou mais como um understatement colossal. A insatisfação, na verdade, beira a fúria contida.
E Agora, José?
O que esperar então? Bom, se anistia geral está fora de cogitação, a aposta é que a cúpula do partido vai ter que analisar caso a caso. Um por um. E isso, meu amigo, é uma receita perfeita para um prolongado clima de tensão e suspense político.
Não vai ser um processo rápido nem tranquilo. Cada voto rebelde será dissecado, cada justificativa será posta sob um microscópio implacável. O partido precisa mandar uma mensagem clara de que disciplina, afinal de contas, ainda é uma palavra que significa algo.
O recado foi dado, e alto e bom som. A bola agora está com os rebeldes — resta saber como eles vão jogar.