Motta Barreto Corta o Barato: Eduardo Bolsonaro Fora da Liderança da Minoria
Motta barra Eduardo Bolsonaro na liderança da minoria

Pois é, a coisa não está nada fácil para o clã Bolsonaro no Congresso. Numa jogada que pegou todo mundo de surpresa – ou será que não? –, o presidente do Republicanos, Marcelo Mottа, simplesmente cortou o barato da indicação de Eduardo Bolsonaro para o cargo de líder da minoria na Câmara dos Deputados.

E olha, não foi um "não" educado, daqueles que dá para contornar. Foi uma negativa seca, direta, que ecoou pelos corredores do poder e deixou claro que a união da direita, pelo menos por enquanto, está longe de ser uma realidade.

O que motivou a decisão de Mottа?

Bom, segundo as más línguas – e umas boas também –, a resistência interna no próprio Republicanos foi um fator crucial. Parece que uma galera importante do partido não engoliu a ideia de ter um Bolsonaro no comando da bancada. Mottа, tentando apagar o incêndio, já soltou a justificativa oficial: a necessidade de manter a "estabilidade e a união" do bloco. Soa familiar, não?

Mas vamos combinar, nesse jogo de xadrez político, raramente as peças se movem por apenas um motivo.

E o Eduardo, como ficou?

O deputado, que herdou do pai a fama de falar o que pensa, ainda não se manifestou publicamente. Deve estar digerindo a rasteira – digo, a decisão partidária. A expectativa agora é saber qual será o próximo movimento dele e de seus aliados. Vão aceitar quietos? Duvido muito.

Esta situação toda joga uma luz forte nas rachaduras que existem na base que deu sustentação ao governo anterior. Aquele bloco coeso que se via em alguns momentos parece ter dado lugar a um monte de interesses individuais e partidários. E no meio disso, a oposição, que deveria se organizar, patina.

É uma crise que, sinceramente, não ajuda ninguém. Nem o governo, que precisa de uma oposição organizada para o debate, nem a população, que fica a ver navios enquanto a politicagem segue seu curso.

O que vai sair dessa bagunça? Só o tempo – e as próximas reuniões nos bastidores – vai dizer. Mas uma coisa é certa: o tabuleiro político brasileiro continua mais imprevisível do que nunca.