Moraes Manda o Recado: Pacificação Não é Sinônimo de Passividade ou Impunidade
Moraes: Pacificação não é covardia ou impunidade

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltou o verbo nesta quinta-feira e foi direto ao ponto. A tal da pacificação que todo mundo fala? Ela é desejável, sim, mas não pode — em hipótese alguma — ser confundida com uma brecha para a covardia ou um salvo-conduto para a impunidade. A fala, duríssima, soou como um recado nítido e claro para quem quer que esteja ouvindo.

Nada de meias palavras. Moraes deixou claro que o processo de acalmar os ânimos e buscar uma convivência civilizada passa, obrigatoriamente, pelo respeito irrestrito à Lei. E olha, ele não pareceu muito preocupado em agradar a gregos e troianos. A mensagem foi lapidar: não haverá espaço para quem acha que pode burlar o sistema e sair ileso.

O contexto? Bem, todo mundo sabe que o país ainda navega em águas turbulentas depois de uns anos pra lá de conturbados. E parece que o ministro resolveu cravar uma bandeira no chão. A impressão que fica é a de um juiz que, cansado de rodeios, decidiu colocar os pingos nos is de uma vez por todas.

O Equilíbrio Delicado entre Paz e Justiça

É um daqueles discursos que faz você parar um segundo pra pensar. Por um lado, todo mundo anseia por paz, por uma normalidade que parece ter fugido do script. Por outro, Moraes aponta o dedo para um risco real: achar que buscar essa paz significa fechar os olhos para o que aconteceu ou abrir mão de cobrar responsabilidades.

Não se iludam, parece ser a mensagem de fundo. A construção de um país mais sereno não pode ser erguida sobre alicerces podres de injustiça. É quase um paradoxo, mas a verdadeira pacificação exige, ironicamente, que se enfrente o que há de pior — só assim para virar a página de verdade.

E olha, a timing disso tudo não parece ser mera coincidência. Com o cenário político ainda efervescente, uma declaração dessa magnitude do alto do STF joga um balde de água fria — ou talvez de lucidez — na discussão. Será um prenúncio do que está por vir? Muitos devem estar se fazendo essa pergunta agora.

Uma coisa é certa: o ministro não está de brincadeira. E ao escolher suas palavras com uma precisão quase cirúrgica, ele desenha uma linha muito clara na areia. De um lado, o caminho da conciliação com justiça; do outro, o poço sem fundo da impunidade. A escolha, no fim das contas, é de todos nós.