
O placar do Supremo Tribunal Federal (STF) virou de vez nesta terça-feira, e a queda do braço foi pesada. O ministro Alexandre de Moraes não apenas votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus, mas fez questão de desfiar, ponto a ponto, o que ele chamou de uma trama clara e documentada contra a ordem democrática.
E olha, não foi um voto qualquer. Foi um verdadeiro tijolaço jurídico, daqueles que ecoam pelos corredores do poder e deixam um silêncio pesado no ar. Moraes foi categórico ao afirmar que as provas colhidas ao longo do processo mostram, sem sombra de dúvida, uma ação concertada para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, pasmem, executar um golpe de estado.
Os Fios da Meada Golpista
O ministro não poupou detalhes. Em sua fundamentação, ele citou uma série de fatos concretos que, segundo sua análise, formavam um quebra-cabeça assustador. Não se tratava de opinião ou de conjectura política – era a fria exposição de atos que supostamente buscavam semear o caos institucional.
Entre os pontos destacados, Moraes mencionou:
- Reuniões de cúpula com o claro objetivo de articular uma ruptura;
- Pressão indevida sobre as Forças Armadas na tentativa de conseguir um apoio que, felizmente, não veio;
- E aquele episódio triste e simbólico, o cerco aos quartéis após a eleição, que não foi espontâneo como tentaram pintar.
"Não estamos falando de ideias soltas ou de protestos legítimos", pareceu ecoar a voz firme do ministro em sua leitura. "Estamos diante de uma arquitetura minuciosa, desenhada para derrubar um governo eleito pelo voto." A gravidade das acusações é de cortar o fôlego.
E Agora, José?
Com o voto de Moraes, a condenação do grupo praticamente se concretiza. A menos que aconteça um milagre processual – e no STF, sabemos, tudo é possível –, a sentença está praticamente escrita. O que isso significa para o futuro político do país? É um alívio para a democracia ou apenas mais um capítulo de uma polarização que não parece ter fim?
Uma coisa é certa: o Supremo mandou uma mensagem cristalina. Que a tentativa de subverter a vontade das urnas, seja por ação direta ou por omissão cúmplice, terá um preço alto. Muito alto.
O Brasil, mais uma vez, vê sua jovem democracia sendo posta à prova nos tribunais. E, pelo menos desta vez, a resposta foi contundente.